Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Exames radiográficos foram criados para serem usados para propósitos médicos. No entanto, algumas pessoas vêm tendo a ideia de aplicá-los para fazer o que chamam de “arte” e, o que é pior, usando animais.
Arie van ‘t Riet, por exemplo, usa a radiografia para capturar em fotos o interior de corpos de animais, acentuando-as com detalhes coloridos.
Ele afirma que prefere “objetos (sic) em cenas comuns, como uma borboleta em uma flor, um peixe no oceano, um roedor no campo, um pássaro em uma árvore, entre outros”.
O artista e radiografista britânico Chris Thorn também produz fotos de animais selvagens em raio-X e as classifica como trabalho artístico.
Thorn se apresenta assim em seu site:
“Eu fomentei meu interesse inicial no estudo de formas de plantas e animais selvagens da paisagem britânica, e registrei minha visão de alguns temas irresistíveis para produzir estudos contemporâneos de plantas, flores e criaturas selvagens”.
Ele argumenta que tais fotos agradam aos entusiastas da natureza que desejam conhecer as criaturas com as quais compartilham a vida no país, bem como “oferecem um olhar profundo nas estruturas de funcionamento normalmente escondidas da nossa visão”.
O trabalho de Sandra J. Raredon, cientista do Instituto Smithsoniano, é mais um exemplo do culto às radiografias de animais. Ela vem realizando e compilando imagens radiográficas há aproximadamente 25 anos, muitas das quais estão agora expostas no Museu Nacional de História Natural em Washington (Estados Unidos). Apesar de declarar que não se considera necessariamente uma artista, ela diz não estar surpresa com o fato de seu trabalho estar sendo exibido nesse contexto.
“Eu quis que as pessoas vissem que essas fotos não são apenas científicas, mas são também bonitas”, disse ela à NPR.
Segundo a reportagem da Global Animal, o assunto gera controvérsias ao nos fazer questionar se tais trabalhos são algo “descolado” ou “assustador”. Seja como for, convém ressaltar que a prática é desnecessária, além de expor os animais aos danos da radiografia. Pode-se dizer que se trata de mais uma forma fútil de explorar os animais para satisfazer ao ego humano.