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Lista expõe as 10 piores atrações com animais selvagens

11 de fevereiro de 2016
4 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

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A World Animal Protection pediu um fim ao “turismo irresponsável de vida silvestre” em todo o mundo, que causa sofrimento em, pelo menos, meio milhão de animais.

Classificando as cruéis atrações animais como “horrores de férias,” o grupo, que opera em mais de 50 países, lançou um relatório sobre as 10 atrações turísticas de fauna mais cruéis.

Montar elefantes ficou em primeiro lugar, seguido por abraços com tigres. Macacos dançarinos e shows de golfinhos performáticos também foram classificados entre os primeiros.

A lista foi compilada a partir da análise de 24 tipos diferentes de entretenimento com animais silvestres e classificando-os com base em critérios de bem-estar e conservação.

O grupo de direitos animais utilizou evidências da primeira pesquisa global sobre a escala de bem-estar e conservação de turismo de animais silvestres pela Wildlife Conservation Research Unit da Universidade de Oxford (WildCRU).

O estudo mostrou que três em cada quatro atrações incluíam sinais de abusos de bem-estar ou de conservação em um estudo de 188 locais diferentes.

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“Se você pode abraçá-lo, montá-lo ou tirar um selfie com ele em um encontro próximo, é provável que esse animal tenha sofrido e sido objeto de crueldade,” a diretora de campanhas da Proteção Animal Mundial Austrália Nicola Beynon disse à ABC.

“À medida que o turismo continua a crescer, estimamos que aproximadamente 110 milhões de pessoas vão visitar atrações turísticas cruéis com animais silvestres a cada ano, desconhecendo sobre o abuso de animais.”

O estudo também descobriu que 75 por cento das atrações turísticas com animais silvestres estavam impactando negativamente os animais.

A indústria de entretenimento com animais silvestres é um mercado lucrativo em países como a Tailândia, que introduziu recentemente uma nova lei tornando a crueldade com todos os animais ilegal. Os infratores podem enfrentar até dois anos de prisão e multas pesadas, mas os críticos estão questionando a forma como a lei seria aplicada.

Não é incomum ver um turista na rua pagando uma pequena taxa para posar segurando um macaco e uma selfie com um tigre tornaram-se uma lembrança padrão para qualquer turista na Tailândia.

“O fenômeno das mídia sociais para tirar uma foto com um animal selvagem e ter coisas como uma selfie com um tigre em sua lista de viagem, certamente está impulsionando a demanda,” disse Beynon.

“Quanto mais pessoas estiverem conscientes da crueldade e quanto mais essa campanha puder estigmatizar a indústria de entretenimento turístico com animais selvagens, melhor será para os animais.

“Estamos trabalhando com locais na Tailândia para tentar fazer a transição de práticas cruéis à experiências mais genuínas de santuários de animais selvagens.”

Beynon disse que o desafio agora era encorajar os turistas a tomarem uma posição unida contra práticas cruéis, para reduzir a demanda e transformar a indústria de animais selvagens em todo o mundo.

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A Proteção Animal Mundial tem assegurado até agora o compromisso de 87 empresas de viagens de parar de vender passeios e shows de elefantes. Isso veio depois que um turista britânico foi pisoteado até a morte por um elefante na Tailândia, depois que o animal atacou seu tratador. A morte provocou novos pedidos de ativistas animais para proibir os passeios de elefante.

Para complementar as descobertas da WildCRU, mais de 50.000 comentários do TripAdvisor foram academicamente revistos.

O objetivo da avaliação era gerar consciência nos turistas que visitam as atrações. Os resultados mostraram que 80 por cento das pessoas que deixaram comentários no site de viagens não estavam cientes do potencial de crueldade contra os animais nos locais de atração.

A Proteção Animal Mundial disse que 25 por cento de todas as atrações com animais selvages estavam tendo um impacto positivo sobre o bem-estar dos animais. Estes incluíram santuários com animais resgatados, retirados de condições abusivas, incluindo atrações turísticas de vida selvagem.

Pelo menos 13.000 animais selvagens, incluindo ursos, orangotangos, elefantes e leões tinham sido tratados dessa forma.

Os santuários incluídos no estudo não oferecem shows turísticos de animais. “O grande desafio na luta contra a crueldade aos animais selvagens utilizados para o entretenimento é transformar a indústria do turismo,” afirma o relatório.

“Isso tem que se tornar parte da solução para acabar com a crueldade e proteger a vida selvagem em vez de causar os problemas que os animais selvagens enfrentam.”

Nota da Redação: Conheça o Guia de Turismo Responsável da Faada – Fundação para Adoção e Apadrinhamento e Defesa dos Animais acessando aqui.

*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.

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