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Por causa do constante abandono, projeto cuida de animais na UFMS

10 de novembro de 2015
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(Foto: André Bittar)
(Foto: André Bittar)

Tudo começou em 2010, quando as professoras Benícia Ribeiro e Maura Marques se conscientizaram de que é preciso ter cuidado com os gatos que eram abandonados no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Hoje, um grupo de 10 voluntários cuida dos 120 felinos que ficam pelos gramados da universidade. “Nós cuidamos dos animais, damos ração e levamos para castrar”, explica Vera Lúcia Furlanetto, uma das voluntárias do projeto. No entanto, os componentes do grupo não incentivam que as pessoas deixem os animais por lá. “O abandono é crime, mas infelizmente, é constante”, ressalta.

Em maio deste ano, a ação foi oficializada como Projeto de Extensão da universidade. Os voluntários são acadêmicos de vários cursos e se organizam para colocar ração e água duas vezes ao dia, nos 23 pontos espalhados pelo campus. “Qualquer um pode participar, o único requisito é o compromisso”, reforça Vera. Tudo é financiado pelas contribuições dos voluntários. Além disso, uma das principais dificuldades do projeto é o descaso por parte de pessoas que não gostam de gatos e, além de maus-tratos, houve até casos de tentativa de envenenamento dos animais.

Outro objetivo do projeto é conscientizar as pessoas sobre o crime do abandono. Conforme o artigo 164 do Código Penal, o abandono de animais prevê pena de detenção de quinze dias a seis meses ou multa. O projeto conta também com palestras, distribuição de folders e panfletos, além de banners pendurados pela universidade. “Os animais são indefesos e vulneráveis. A culpa não é deles, é de quem os abandona”, diz Vera.

Benícia ainda ressalta que, como tudo é bancado pelos voluntários, não há recursos para manter todos os gatos que são abandonados. “Nós também não temos nem mesmo espaço onde os gatos possam ficar”. As castrações são feitas no CCZ (Centro de Controle Zoonoses) e, como o centro está com vagas reduzidas, os animais são levados para serem castrados também em clínicas particulares. “As pessoas tem que entender que precisam saber das responsabilidades de adotar um animal”, reforça Benícia.

Serviço – Doadores podem acessar os sites www.maxemacao.com.br e www.ufms.br, no link GRU para fazer contribuições para o projeto.

Fonte: O Estado Online

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