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Pássaro raro é morto por cientista

14 de outubro de 2015
2 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: American Museum of Natural History/ Rob Moyle
Foto: American Museum of Natural History/ Rob Moyle

Uma equipe de investigação norte-americana capturou um pássaro raro, tirou a primeira fotografia do exemplar, e logo em seguida, o matou no mês passado.

Chris Filardi, diretor do Pacific Programs do Museu de História Natural, defende sua escolha em assassinar a ave dizendo que foi “coletada como um modelo para estudo adicional.”

O Actenoides bougainvillei ou “martim-pescador-de-bigode” macho só é encontrado nas Ilhas Salomão, especificamente na ilha chamada de Guadalcanal, onde Filardi fez um “levantamento da biodiversidade endêmica e trabalhou com parceiros locais para criar uma área protegida”, de acordo com uma postagem no Facebook do Museu Americano de História Natural em 24 de setembro.

Filardi escreve sobre como ele ficou em êxtase ao rastrear o pássaro depois de ouvir seu piado caraterístico: “kokoko-kiew”.

“Quando me deparei com o pássaro preso na rede à sombra fresca da floresta, eu fiquei admirado: ‘Oh, meu Deus, o martim-pescador’. Uma das aves menos conhecidas do mundo estava ali, na minha frente, como uma criatura mitológica ganhando vida. Temos agora as primeiras fotos já tomadas da ave, assim como as primeiras gravações definitivas de seu canto inconfundível”, escreveu Filardi na postagem antes de matar o animal.

O site The Do Do relata que a escolha do Dr. Filardi em matar o pássaro tem dividido a comunidade científica sobre a moralidade de matar animais em nome de uma pesquisa. Ativistas de direitos animais criticam dizendo ser uma morte desnecessária de um pássaro raro para fins de conservação.

De acordo com a Birdlife International, existem apenas entre 250 a 1.000 pássaros adultos na região que habita e classifica como “em perigo”.

Dr. Filardi disse que para os habitantes locais a ave é muito comum, mas somente naquela região específica.
“Com esta primeira prova moderna do martim-pescador, o único macho adulto, temos agora um conjunto abrangente de material para estudos moleculares, morfológicos, toxicológicos e de plumagem que não estão disponíveis a partir de amostras de sangue, penas individuais ou fotografias”, disse Filardi. As informações são do Daily Mail.

Marc Bekoff, professor emérito de ecologia e biologia evolutiva da Universidade do Colorado, escreveu uma contra-argumentação ao The Huffington Post:

“Quando é que a matança de outros animais vai parar? Precisamos dar a esta pergunta uma séria consideração, pois excessiva pesquisa e biologia da conservação é sangrenta demais e não precisa ser assim. ‘Matar’ em nome da conservação ou em ‘nome da educação’, ou em ‘nome de qualquer coisa’ simplesmente precisa parar. É errado e estabelece um precedente terrível para pesquisas futuras e para as crianças.”

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