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Queimadas prejudicam animais e lotam pronto-socorro de ONG

22 de agosto de 2015
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Lobato teve queimaduras nas patas e rabo chamuscado durante incêndio (Foto: Reprodução / TV Tem)
Lobato teve queimaduras nas patas e rabo chamuscado durante incêndio (Foto: Reprodução / TV Tem)

O aumento de queimadas nesta época do ano, além de prejudicar o ar, podem deixar vários animais feridos e longe do habitat. Em Jundiaí (SP), a ONG Mata Ciliar tem um pronto-socorro para animais silvestres e está lotado, com mais de 300 animais internados. “Nesta época do ano a gente recebe muitos animais queimados em estado grave. Eles precisam de um tratamento intensivo”, explica a veterinária da ONG, Kaline Barboza.
Os animais precisam de atenção especial, com medicações específicas, alimentação e locais adequados. “Infelizmente a todo momento recebemos animais que necessitam deste tipo de atenção”, conta a tratadora Joyce Cachulo, uma das responsáveis por acompanhar a reabilitação dos animais.
De acordo com ela, o pronto atendimento é importante para verificar o diagnóstico e determinar o tratamento adequado para dar continuidade no trabalho com os animais.
São vários os casos de animais que acabam se ferindo em incêndios em matas na região. Uma das últimas vítimas é Lobato, um lobo guará que teve as patas queimadas e o rabo chamuscado.
Além desse caso, três filhotes de veado catingueiro estão órfãos depois de serem encontrados perto de uma queimada. Outro animal órfão é o Kóda, um gato do mato com pouco mais de um mês. Ele também foi abandonado pelos pais e está em observação para ganhar resistência.
Ampliação
Para conseguir aumentar o número de atendimento, a ONG faz uma campanha para arrecadar dinheiro e construir uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para animais. Atualmente a obra está parada por falta de verba. “A gente precisa desse tratamento intensivo e ter um aporte maior para ficar 24 horas com o animal em tratamento”, explica Kaline.
A organização de Jundiaí trabalha desde 1998 com a reabilitação e retorno de animais ao habitat e já recebeu mais de 14 mil animais que sofreram algum tipo de trauma. Destes, 40% conseguiram voltar para o meio ambiente, número que poderia ser maior com a ajuda de uma UTI.
A unidade de tratamento intensiva tem um custo estimado em R$ 150 mil para ser construída, já considerando a estrutura, mão de obra e os principais equipamentos para conseguir começar os trabalhos. A campanha, feita por meio de um site na internet, aceita doações a partir de R$ 10, representada como “10 tijolos para a construção da UTI”. As contribuições podem ser realizadas através de boleto bancário ou cartões de débito e crédito.
O objetivo é aumentar o número de animais que conseguem ser salvos. “Recebemos em média 10 animais por dia e eles chegam em um estado lastimável por conta de atropelamentos, queimaduras, choques elétricos e infelizmente vem a óbito.
O número está aquém do que gostaríamos e por isso iniciamos a campanha para a construção de uma UTI”, explica a coordenadora de fauna da ONG, Cristina Harumi Adania.
Fonte: G1

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