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Zimbábue denuncia outro norte-americano por caça de leões

4 de agosto de 2015
2 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Após toda a polêmica envolvendo o dentista Walter Palmer, que matou o leão Cecil no início de julho e pode agora ser extraditado para o Zimbábue, o país africano fez uma nova denúncia de uma caçada “ilegal” feita por um turista norte-americano, segundo informações do Global News.
A Autoridade Nacional de Parques e Administração de Vida Selvagem do Zimbábue acusa o médico Jan Casimir Seski, da Pensilvânia, de matar um leão com um arco e flecha em abril, próximo ao Parque Nacional Hwange. O assassinato teria ocorrido sem qualquer autorização, em um perímetro onde é proibido realizar caçadas.
O terreno onde o assassinato teria ocorrido pertence a Headman Sibanda, que já foi detido e estaria colaborando com a polícia no esclarecimento do caso.
Seski é médico especializado em oncologia ginecológica e dirige o Center for Bloodless Medicine and Surgery, num hospital em Pittsburgh. De acordo com o Global News, o médico é um praticante ativo desse tipo de caçadas e há vários registros fotográficos de Seski ao lado dos animais que assassinou, incluindo elefantes, um hipopótamo e uma avestruz.
A Associated Press foi à casa de Jan Casimir Seski, que fica nas redondezas da cidade de Pittsburgh, e também procurou o médico em seu consultório, sem resposta.
Caroline Washaya Moyo, porta-voz da agência de conservação zimbabuana, afirma que as informações de identificação de Seski foram armazenadas numa base de dados governamental quando ele chegou ao país para realizar a caça. “Quando caçadores vêm ao país, eles preenchem um documento informando seus detalhes pessoais, quanto pagaram pela caçada, o número de animais que seriam caçados, sua espécie e a área e o período em que a caçada aconteceria. Esse americano fez sua caçada numa área onde a caca de leões é proibida. O proprietário que o ajudou também não estava autorizado a matar leões.”
Segundo a agência zimbabuana, dois outros episódios de caça “ilegal” teriam ocorrido no ano passado no país, mas nenhum detalhe sobre os incidentes foi divulgado.
Autoridades zimbabuanas afiram que irão pedir a extradição do dentista Walter Palmer, de Minnesota, alegando que ele não tinha autorização para assassinar o leão Cecil, que foi atraído para fora da reserva onde vivia e ferido com um arco e flecha, antes de ser perseguido e assassinado.
Dois cidadãos zimbabuanos foram presos por envolvimento no caso de Palmer.
No último sábado, as autoridades zimbabuanas de conservação afirmaram que suspenderam a caça de leões, leopardos e elefantes na região de Hwange. Caçadas com arco e flecha também estão suspensas e só poderão ser autorizadas pelo chefe da agência de conservação.

Nota da Redação: Qualquer tipo de caça deve ser extinta. Os animais não-humanos merecem os mesmos diretos e a liberdade dos animais humanos.

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