EnglishEspañolPortuguês

Campanha arrecada verba para cães serem levados junto com tutores em mudança

16 de julho de 2015
3 min. de leitura
A-
A+

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Após intensa campanha para arrecadação de doações, Simão Pinheiro da Costa, 43 anos, conseguirá voltar para a sua cidade natal, Buriti Bravo, no Maranhão. Ele, que não vê a família há mais de 20 anos, embarcará levando os seus companheiros Negão, Neguita e Marrom.
Desde março o Diário acompanha a história de Simão, que comoveu os leitores. Ele veio para São Paulo em 1989 para tentar uma vida melhor, conviveu com o vício das drogas e se recuperou. Desde então, vive a realidade das ruas, tendo os três animais como seus companheiros.
Familiares de Simão entraram em contato com o Diário, mas só podiam arcar com a passagem dele, que nem pensava em abandonar os cachorros. Foi quando a amiga de Simão Norma Elaine Pezzolo, 61, resolveu fazer uma campanha para ajudá-lo.
Norma começou a vender rifas e criou uma conta poupança. Após a divulgação da história do morador de rua em uma emissora de TV, veio a surpresa:uma doação de R$ 5.000. “Quando abri o computador não acreditei. Essa pessoa, que é do Interior, deixou o telefone. Liguei perguntando se era isso mesmo e chorei de tanta felicidade”, disse ela.
Até agora a campanha arrecadou R$ 7.577 com doações até do Amazonas e Minas Gerais, o que já dá para arcar com a volta dos cachorros. Toda quantia fica no banco. A passagem de Simão vai ser custeada pela família.
Conforme os dados da companhia aérea escolhida, o valor de transporte de cada animal pode chegar a R$ 1.440, caso algum deles tenha mais de 40 quilos. Se o peso dos animais for até de 40 quilos, o valor é de R$ 835 e até 31 quilos, R$ 665.
Mesmo assim, ainda faltam alguns detalhes para que Simão, de fato, tenha uma oportunidade de recomeçar a vida. Além da medição e pesagem dos animais, os três vão passar por uma avaliação veterinária.
Uma caixa para o transporte foi doada pela clínica veterinária Zoo Vet Care e Pet Shop Zoo Point, de São Caetano. Ainda são necessárias mais duas, além de suprimentos para Simão, como roupas e produtos de higiene.
“Eu não acredito que vai realmente acontecer. Não estou nem conseguindo dormir a noite de tanto que o meu coração acelera. E pensar que tudo isso começou quando eu aceitei falar como vocês”, disse Simão, emocionado.
A prima dele, a pedagoga Tatiana Rossany, 38, ficou sabendo da notícia por meio da reportagem do Diário. Segundo ela, a família espera ansiosamente pela volta. “Moro em Manaus, mas ele vai ficar com os meus pais e uma tia minha. Nossa única preocupação é o transporte dele e dos cachorros do aeroporto de Teresina até a cidade, vamos precisar de um carro grande. Mas a gente dá um jeito.”
Simão tem o sonho de trabalhar como lavrador. Ele quer plantar frutas e verduras e garantir o seu sustento com uma realidade melhor que a vivenciada nas ruas.
Fonte: Diário do Grande ABC

Você viu?

Ir para o topo