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Vereador diz que pode propor veto à vitela e ao boi confinado em SP

2 de julho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Laércio Benko, vereador paulistano pelo PHS e autor da recém-aprovada lei que proíbe a venda do foie gras e roupas de pele de animais, disse ao “Veg” que cogita propor um veto à carne de vitela –de bezerros encarcerados do nascimento ao abate– e à produzida no sistema de pecuária “intensiva”.
“Diante de toda a repercussão [da proibição ao foie], nós vamos fazer um estudo de outras questões, como a carne de vitela, o gado confinado”, disse. “Vamos analisar outras situações; chegaram denúncias para a gente de granjas de ovos que, quando identificam que o pintinho é macho, moem o pintinho vivo.”
Com a proibição, segundo o edil, o município dá “um passo à frente” rumo a uma sociedade completamente vegetariana e livre de crueldade contra os animais, em um processo que ele acredita que será concluído “em uns 200, 300 anos”.
Benko diz não querer “colocar o carro à frente dos bois”, contudo. Para ele, “apenas” matar os animais para comer tem menor urgência do que os métodos considerados menos éticos.
“Hoje, não dá para simplesmente parar com a produção de carne suína, carne bovina. Não dá para comparar o foie gras com a carne”, diz. “Uma coisa é o abate, que é uma vez só; outra é passar 100% da vida sendo maltratado [caso das aves de foie gras e do bezerro de vitela, na opinião dele]. São coisas totalmente distintas.”
PINTINHOS
Sobre a prática de matar pintinhos machos na avicultura, um recente caso em Israel chamou a atenção.
Ativistas, incluindo uma antiga vencedora do Big Brother local, invadiram a parte de uma granja onde a máquina em questão rodava e a desligaram. Quando a polícia chegou, a celebridade televisiva, Tal Gilboa, desafiou a autoridade a religar o instrumento, que seguiria moendo vivos os filhotes, que podem ser vistos em vídeo.
No fim, o policial não reativa a moedora, mas os ativistas são liberados. O vídeo teve 1,4 milhão de visualizações no Facebook até agora.
Nota da Redação: é importante lembrar que, ao contrário do que o vereador afirma, não são apenas os bezerros e o boi que é criado em sistema de produção intensiva que sofrem durante suas vidas. Galinhas tem seus bicos cortados sem anestesia ainda quando filhotes e ao crescer, vão viver em gaiolas minúsculas ou em ambientes superlotados, vivem estressadas, deprimidas, sofrem e são exploradas diariamente. Filhotes de porcos são castrados, também sem anestesia. As porcas, já adultas, vivem presas em gaiolas gestacionais, tão pequenas que impedem sua movimentação e não permitem que elas tenham contato com seus filhotes. Vacas sofrem com severas dores nas mamas decorrentes das inflamações geradas pelo fato de serem manipuladas para extração de leite. São inseminadas consecutivas vezes, algo invasivo e cruel. Tem seus filhotes retirados delas com apenas um dia de vida, o que as deixa desesperadas, mugindo numa tentativa de os pedir de volta. E esses são apenas alguns casos. Sendo assim, todo animal sofre sua vida inteira, não só no momento da morte – igualmente cruel. Mas é importante que olhemos além para perceber que mesmo que não houvesse sofrimento algum na vida desses animais, ainda assim não teríamos o direito de lhes tirar a vida.
Fonte: VEG

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