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'Foi por estética', diz rapaz que tatuou a própria cadela em Teófilo Otoni, MG

19 de junho de 2015
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Inter TV dos Vales
Foto: Reprodução/Inter TV dos Vales

Uma tatuagem feita em uma cadela da raça pit bull em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, causou polêmica na internet e nas ruas da cidade mineira. O animal de oito meses de idade foi tatuado pelo tutor que trabalha como tatuador profissional. Jaykson Rockstrok garantiu que não teve a intenção de maltratar o animal e se defende.
“Fiz essa tatuagem há 10 dias e postei na internet. Desde então várias pessoas que nem me conhecem, não sabem da ideologia da gente ficam me xingando, me difamando, falando altas coisas ridículas. Falaram mal até da minha família”, contou o tatuador.
Jaykson não imaginava que um simples desenho no animal fosse causar tantos problemas. Ele garantiu também que adotou todos os procedimentos padrões assim como faz quando vai tatuar uma pessoa.
“Não fiz isso para aparecer ou divulgar o meu trabalho ou algum tipo de técnica. É por isso que estão me julgando. Sempre tive animais e jamais os maltratei. Nunca deixei eles presos ou sem comida. Fiz por estética”, afirmou Jaykson.
A veterinária Lídia Roedel lamentou o ocorrido e diz que a prática não pode se tornar habitual. “Os riscos em um procedimento como esse são os mesmos de fazer uma tatuagem em um ser humano, só que o ser humano vai fazer o procedimento por vontade própria, no caso do animal a vontade é do dono, ele é quem escolhe tatuar o animal. Isso se enquadra no crime de maus-tratos, mutilação. A gente espera que isso não vire moda”, diz a veterinária.
O delegado Washington Filho afirmou que foi instaurado um procedimento para apurar um possível crime de maus-tratos contra o animal, previsto no artigo 32 da Lei 9.605. O delegado ainda alerta que quem faz este tipo de ação pode até ser preso.
“Mas eu quero deixar bem claro que a Polícia Civil instaurou o procedimento com fim, único e exclusivo, de averiguar o que de fato ocorreu. Porque sabemos que para a caracterização de crimes e principalmente esse delito que estamos apurando, é necessário que o autor tenha agido com dolo, com a vontade inequívoca de causar a dor ao animal ou mesmo submetido a maus-tratos. Essa situação será apurada dentro do processo legal”, garante o delegado.
Fonte: G1

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