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Cães e gatos sofrem com foguetes de São João e preocupam tutores no PA

18 de junho de 2015
2 min. de leitura
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Angelika é totalmente contra fogos de artificio. (Foto: Arquivo pessoal/Angelika Lima)
Angelika é totalmente contra fogos de artificio.
(Foto: Arquivo pessoal/Angelika Lima)

A estudante de medicina veterinária Mariana Uliana adora muitas coisas da quadra junina, como as iguarias da época e as apresentações de quadrilha. As comemorações de São João, porém, deixam a jovem mais preocupada do que feliz: é que os fogos de artifício deixam seu cachorro Tobby bastante nervoso, e qualquer tentativa de aproveitar as festas acaba esbarrando na preocupação com a saúde do animal.
“No ano novo ele até pulou o portão de casa e fugiu. Foi parar na quadra de esportes do condomínio, com medo”, recorda a estudante. Segundo Mariana, Tobby se assusta com fogos desde que era filhote, e como o barulho toma conta da vizinhança a solução é cercar o cachorro de carinho. “Colocamos ele no quarto e ficamos conversando com ele para tentar acalmar. Assim ele fica menos assustado”, relata.
Problema semelhante vive Angélika Lima, que fez da sua casa um lar temporário para animais resgatados da rua. Atualmente ela mora com 15 cachorros e 10 gatos, e está preocupada com os rojões de São João.
“Aqui em casa fica horrível. Eu sou totalmente contra os fogos. A minha cachorra fica se debatendo, e tem crises epiléticas. Mas todos eles tem muito medo, ficam apavorados”, conta. “Os moleques do bairro soltam muitos fogos, então eu tento fechar toda a casa e colocar os animais no quarto. Fico sempre junto para passar segurança para eles, mas não adianta muito”, desabafa.
Recomendação veterinária
De acordo com a veterinária Claudia Rabelo, a reação dos animais ao barulho pode provocar problemas de comportamento, fugas e até mesmo a morte – caso o cachorro tenha algum predisposição a problemas cardíacos e fique bastante assustado.
Por conta disto, ela aponta que as medidas utilizadas por Mariana e Angélika são positivas, mas existem outras alternativas. “O ideal é que tente colocar o animal em local tranquilo, mas se não tiver jeito existem medicações, até mesmo homeopáticas que não afetam os rins, que relaxam o animal e ele não fica tão assustado”, destaca.
De acordo com a veterinária, os animais de pequeno porte costumam ser os mais assustados, mas mesmo nestes casos os donos não podem medicar os bichos por conta própria. “É recomendado que antes dos feriados como São João os donos passem no veterinário para ver a medicação, a dosagem correta e examinar o coração do animal. Em muitos casos em que eles morrem de susto por conta do barulho os animais já tem algum problema cardíaco que o tutor não conhece”, conclui.
Fonte: G1

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