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Animais mortos ficam expostos a céu aberto atrás do Canil Municipal

11 de junho de 2015
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Foto: Heron Freitas
Foto: Heron Freitas

Após denúncia de moradores do Corredor do Patronato, em Caçapava do Sul, sobre animais mortos expostos a céu aberto na área que faz parte do Canil Municipal, no início da semana, a equipe de reportagem da Gazeta constatou a veracidade dos fatos.
No local, que funciona como Cemitério de Animais e que, segundo a Prefeitura do Município, é legalizado, foram encontrados mais de 10 animais mortos boiando numa vala recém aberta por uma retroescavadeira. Procurada, a Prefeitura, através de sua Assessoria de Imprensa, informou que se tratava de um episódio esporádico devido às chuvas, mas que é comum encontrar animais expostos no local.
– Os animais estavam expostos na vala por conta da chuva da última semana, que acabou removendo a terra que os cobriam – informou a assessoria, que, na quarta-feira, quando informada pela Gazeta, foi até o local para cobrir a vala, que, ainda de acordo com a assessoria, não havia sido fechada antes, pois havia a necessidade do escoamento da água para depois o soterramento dos corpos dos animais.
CANIL MUNICIPAL
O veterinário Henrique Freitas, responsável técnico pelo Canil Municipal, informou que os animais mortos que dão entrada pelo Canil, os que morreram no local devido a alguma doença e os que sofrem eutanásia em clínicas devido ao quadro clínico irreversível, são enterrados no Cemitério de Animais do Canil Municipal.
– Há uma licença do cemitério, assinada por um engenheiro ambiental, há mais de 25 anos, desde quando o Canil existe e, em 2013, a 8ª Coordenadoria de Vigilância de Saúde do Estado esteve no local fazendo vistorias. O cemitério serve para prestar um serviço estendido do Canil para a população do município, que pode procurar o local e, com a ajuda de um funcionário nosso, enterrar o animal. Mas, infelizmente, muitas pessoas chegam lá e atiram os animais mortos, sem tomar os devidos cuidados – disse Henrique.
Questionada sobre a proximidade do Canil e do Cemitério, que fazem fundos com a Escola Municipal Patrício Dias, a Prefeitura informou que, quando houve a construção do Canil Municipal, que funciona como Centro de Zoonoses e também como Cemitério de Animais, houve aprovação do projeto por engenheiros ambientais.
No documento de legalidade, diz que o terreno está a mais de 30 metros de lençol freático (não oferecendo risco de contaminação) e que é apropriado para o enterro de animais, inclusive de grande porte.
FALTA DE PLACA
A equipe de reportagem indagou, também, sobre a falta de placa e de identificação ou mesmo delimitação da área compreendida como cemitério animal, já que o local parece um terreno baldio. Como resposta, a Prefeitura informou que a identificação pode incentivar que munícipes que não conhecem o local passem a atirar animais lá, aumentando ainda mais o problema.
– O ideal seria a delimitação do local, cercamento e identificação, justamente para que as pessoas entendam que se trata de um cemitério. Assim, evitaria riscos de saúde de quem passa pelo local. Mas elas precisam entender também que não se pode chegar e atirar um animal ali, que o enterro deve ser feito por pessoas técnicas e responsáveis pelo canil – contrapõe Henrique.
Ele informou também que as pessoas têm o hábito de abandonar os animais no local.
– Antigamente, as pessoas atiravam os animais por cima da cerca, deixando sob a responsabilidade do canil. Agora, instalamos quatro câmeras para inibir esta ação de abandono e maus-tratos, que já é entendido pela lei como crime. – finalizou Henrique.
Fonte: Farrapo

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