EnglishEspañolPortuguês

Vítima de tiros, gavião-real é solto no Amazonas

21 de maio de 2015
2 min. de leitura
A-
A+

Gavião-real (Harpia harpyja). Imagem ilustrativa. Foto: Sidnei Dantas
Gavião-real (Harpia harpyja). Imagem ilustrativa. Foto: Sidnei Dantas

É um indivíduo que está começando a vida adulta, com mais de dois anos e cerca de 60 centímetros de altura e mais de um metro de envergadura. Foi resgatado por moradores a Área de Proteção Ambiental Nhamundá, no Amazonas, perto da divisa com o Pará, com ferimentos na asa e um pedaço de chumbo alojado no peito.
A harpia (Harpia harpyja) foi encontrada na segunda semana de abril, por moradores da APA. Ela estava ferida e bastante debilitada. Após contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Sedema) de Nhamundá, um veterinário do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), passou a acompanhar o animal.
“Ele ficou duas semanas sem se alimentar e ninguém sabia manejá-lo. Então a gente entrou em contato com o Ipaam”, conta o secretário municipal de Meio Ambiente de Nhamundá, João Paulo Fonseca. “As feridas foram tratadas com andiroba, foi feita limpeza dos ferimentos. Os olhos estavam irritados, com pólvora, e foram tratados com colírio”, completa.
Foram aproximadamente três semanas em tratamento. Quando os responsáveis acharam que ele já estava recuperado, levaram a ave a um local montanhoso, na Apa Nhamundá, e o gavião-real foi solto.
A coordenadora do Projeto Gavião-Real, que monitora ninhos e aves em várias regiões do país, Tânia Sanaiotti, destaca que esta foi a segunda ave da espécie resgatada no país este ano. A primeira, vítima de um atropelamento no Espírito Santo, não sobreviveu. “Em anos anteriores, recebemos dois gaviões daquela região, um de Nhamundá e outro de Barreirinha, que soltamos”, conta.
Mas ela não esconde uma decepção: não pode acompanhar a ave e a soltura. “A gente marca e, depois de solta, o gavião é observado ainda por um três dias, para saber se conseguiu se alimentar”, explica. Mas o mais importante foi salvá-lo. “Temos de elogiar os comunitários e a Sedema pelo empenho em fazer o resgate e tomar as providências para que ele se recuperasse”, destaca a bióloga.

Fonte: O Eco 

Você viu?

Ir para o topo