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Sociedade protetora de animais pode fechar

10 de maio de 2015
3 min. de leitura
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Sociedade São Francisco de Assis de Proteção aos Animais, em São João del-Rei, pode fechar as portas nos próximos meses. Essa é a afirmação da presidente da entidade Mara Nogueira Souto que informou ainda que as dificuldades orçamentárias começaram após o cancelamento, desde janeiro de 2015, de subsídio que recebiam da Prefeitura Municipal. “No ano de 2014 recebíamos uma verba de R$2,5 mil por mês. O dinheiro era especifico para fazer castração de cães de rua, compra de remédios e de ração, além de arcar com o aluguel de um imóvel para os animais ficarem. Desenvolvemos um trabalho muito bom em parceria com a prefeitura e fizemos todas as prestações de contas para a administração municipal desse valor. Como nunca tivemos problemas, nossa expectativa era que esse ano o repasse fosse renovado. O que não aconteceu”, lamentou Mara.

Sem previsão

A presidente destacou ainda que há duas semanas alguns integrantes da sociedade conseguiram falar com o prefeito de São João, Helvécio Reis (PT), que explicou o motivo do corte. “Segundo ele a prefeitura está sem dinheiro para continuar ajudando várias entidades inclusive a nossa. Não foi um corte específico para a gente, mas muitas entidades devem estar passando pelo mesmo problema. Se não tivermos o recurso nesse ano vamos encerrar as atividades depois de encontrarmos lares para os quase 120 animais que abrigamos. O pior é que não tem previsão se eles vão liberar essa verba em 2015”, disse.

Posicionamento confirmado pela assessoria da administração que divulgou em nota. “A prefeitura informa que este ano a arrecadação está menor e vem analisando todos os contratos de subvenções, onde alguns foram cancelados por um período. O executivo está se adequando ao novo orçamento e estudando caso a caso.”

Atividades

O trabalho que a sociedade protetora desenvolve é o de recolhimento de animais abandonados, atropelados, idosos que as pessoas põem na rua e cadela no cio. “Animais que ninguém quer a gente recolhe, recupera e os coloca para a adoção. Quando recebíamos recursos da prefeitura também fazíamos a castração de cães e gatos de rua. Em média eram 25 intervenções cirúrgicas por mês. Esse ano não tivemos como fazer esse trabalho”, afirmou Mara.

Um reflexo que já está sendo sentido nas ruas, segundo a presidente o número de animais tem aumentado muito nas vias públicas. “Não posso quantificar esses dados, mas o crescimento populacional de cães e gatos é notório. Outra coisa que está me preocupando é que quando as pessoas começarem a mudar para os prédios da segunda etapa do Minha Casa Minha Vida no Tijuco esse número será ainda maior já que não se aceita animais no local e as pessoas costumam abandoná-los na rua”, disse.

Como ajudar

As pessoas que quiserem ajudar a entidade, que hoje sobrevive de doações, pode ir a qualquer clinica veterinária ou agropecuária da cidade e doar produtos em nome da sociedade. Outra opção, caso queira ajudar com dinheiro, é fazer um depósito no Bradesco Ag. 1471-0 e Conta 0315028-3 em nome da entidade. Mais informações podem ser obtidas no facebook no Sociedade Protetora dos Animais de SJDR.

Fonte: Gazeta

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