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Na contra-mão da história

20 de abril de 2015
2 min. de leitura
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Capa Veja São Paulo 15 de abril de 2015
Capa Veja São Paulo 15 de abril de 2015

A Revista Veja São Paulo, em sua edição da última semana – sem a menor preocupação pelo destino e saúde de dezenas de animais amontoados no chamado Aquário de São Paulo – faz um desserviço à sociedade, mostrando o que nunca será aquele centro de tortura de animais em plena metrópole paulista.
Ursos polares trazidos da Rússia, com autorização absurda de autoridades ambientais, que tampouco têm se preocupado com o destino daqueles seres, arrancados de um ambiente natural para um ambiente artificial e inapropriado, com o único fim de divertir ao público.
A Organização AILA – Aliança Internacional do Animal – fez um Dossiê mostrando todas as irregularidades e carências desse Aquário, que nada acrescenta à vida da cidade, salvo o sofrimento e dor para seres inocentes que terminarão enlouquecidos pela exposição constante ao público ignorante que o visitará.
Os grandes aquários mundiais estão à beira da falência e próximos a fechar, tanto na América do Norte como na Europa. Provas das torturas sofridas por animais aquáticos lá mantidos destruíram a argumentação de que eram um local ideal para a vida marinha. Eram e são meros tanques minúsculos para manter espécies que se deslocam, em sua vida livre no oceano, dezenas de quilômetros por dia.
Ainda o desserviço da Revista Veja se estende a dar maior publicidade a um senhor que não tem nenhum preparo, profissional ou científico, e que agora também pretende construir um Zoológico Particular na região de Cotia, como se já não bastassem as dezenas de zoológicos públicos em estado lamentável que exibimos em nosso Estado e no Brasil.
É necessário que o Ministério Público investigue estes dois projetos, tanto do Aquário como o do Zoológico em construção, de onde proveem os recursos, como esses animais chegaram e chegarão a esses locais, e que controle se exerce sobre o funcionamento desses estabelecimentos.
O Dossiê da AILA está à disposição das autoridades ambientais e jurídicas para análise e providências. Não vamos permitir que São Paulo se converta em um Centro de Tortura a mais de animais aquáticos, que devem ser respeitados e viver em liberdade em seu habitat.

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