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Beirute proíbe a venda de pintinhos coloridos

10 de abril de 2015
2 min. de leitura
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Por Loren Claire Boppré Canales (da Redação)

Foto: The Daily Star / Mohammad Azakir Previous Next
Foto: The Daily Star / Mohammad Azakir Previous Next

O governador Ziad Chebib, autoridade máxima em Beirute, capital do Líbano, anunciou na última sexta-feira a proibição da venda de pintinhos coloridos, em um esforço para proteger os direitos destes animais, que são submetidos a tratamentos cruéis no processo de coloração e venda nas principais ruas da cidade. As informações são do Telusur TV.

Chebib afirmou que está preocupado pela coloração, a venda e o tratamento a que são submetidos esses pintinhos, razões pelas quais a proibição da venda pode “ajudar a prevenir doenças evitáveis e ensinar as crianças a importância do bem-estar animal”.

A decisão foi tomada como “um esforço para proteger tanto as crianças quanto os animais”, disse o mandatário.

Para o diretor executivo da ONG Animais Líbano, Jason Meir, esta é uma boa notícia, já que a organização que dirige defende o fim ao comércio de pintinhos coloridos.

“Aprecio sua palavra sobre esta decisão”, afirmou Mier, e acrescentou que a medida do governador de Beirute ajuda “a todos a compreender como o bem-estar animal se relaciona diretamente com eles”.

Os pintinhos são tingidos artificialmente para serem dados como presente às crianças no Líbano. Apesar da tradição ser muito popular neste país, também é praticada em outras partes do mundo.

Processo Cruel

pollitos

Os pequenos pintinhos são tingidos em tons de rosa brilhante, verde e azul, e são vendidos por até duas mil libras libanesas (1.50 dólares) nas estradas do país.

Um recente informe do canal Al-Jadeed TV mostrou o processo cruel para colorir os pintinhos. Em um vídeo, uma pessoa coloca um grupo de pintinhos em um balde e os afoga em tinta até ficarem cobertos. Nesse processo, o manejo brusco quebra as pernas e frágeis asas dos animais.

Como se não bastasse, Meir disse que algumas das tintas usadas “são corantes alimentares à base de vegetais e seriam relativamente seguras, mas outras bases são tóxicas, com óleos e ingredientes sintéticos”.

“Você não pode garantir o bem-estar dos animais quando eles estão na beira da estrada sob o sol. Não há comida, não há água. Durante todo o dia, alguns dos animais simplesmente morrem, se não morrem pelo menos sofrem uma grave desidratação”.

Mier declarou que melhorar o tratamento dado aos animais no Líbano é um processo gradual e o objetivo principal da nova Lei Nacional de Proteção Animal e da Lei de Bem-Estar.

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