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Símbolo da Páscoa, o coelho é constante vítima do consumo humano

5 de abril de 2015
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: iStock.com/Photo Talk
Foto: iStock.com/Photo Talk

A Páscoa deve ser comemorada em grande parte do mundo neste domingo, 5 de abril, mas com a celebração vem também preocupações em relação aos animais. Todos os anos, criadores de coelhos enchem lojas especializadas de filhotes irresistíveis para se tornarem itens na cesta de Páscoa dos humanos. E todos os anos, algumas semanas depois da Páscoa, os abrigos recebem centenas desses mesmos coelhos depois de terem sido abandonados por mastigar fios elétricos da casa, livros, rodapés, batentes entre outros. Enquanto a maioria considera bonito ver coelhos correndo na primavera, ser enviado para lares em meio urbano pode ser um momento difícil para muitos deles. As informações são da jornalista Kendall Bryant para a ONG PETA.

O que os criadores e lojas de animais muitas vezes deixam de mencionar é que esses pequenos e macios animais que trazem a alegria na Páscoa, como todos os animais, têm algumas necessidades específicas. Eles mastigam incessantemente (seus dentes nunca param de crescer) e eles têm necessidades dietéticas especiais. Os coelhos exigem uma estimulação mental constante e espaço para correr, muitos deles ficam deprimidos quando confinados em gaiolas. Um fator muito importante a ser levado em consideração é seu tempo de vida – eles podem viver por até 12 anos.

O que muitos pais não podem imaginar é que esses “Pernalongas” acabam exigindo muito mais trabalho do que eles podem pensar. Em muitos casos, coelhos dados como presente durante o período da Páscoa acabam sendo deixados em abrigos de animais, condenados a viverem em gaiolas ou simplesmente soltos na natureza, onde não encontram outra chance contra a fome, além de duras condições meteorológicas e predadores.

A compra de coelhos por capricho e seu decorrente abandono nesses locais é apenas uma maneira a qual os humanos podem fazê-los sofrer. Muitos dos acessórios de peles e casacos vendidos nas lojas são feitos com sua pele, isto porque é muitas vezes mais barato do que a pele de outros animais. Coelhos em fazendas de pele passam a vida inteira confinados a pequenas gaiolas de metal sujas e muitas vezes têm seus pescoços quebrados enquanto ainda estão conscientes. Na fazenda de criação intensiva de angorá, coelhos gritam e se contorcem de dor enquanto têm seus pelos arrancados.

De pele suave, coelhos são as vítimas favoritas em experimentos, que os usam para testar produtos químicos, queimando sua pele com produtos nocivos e substâncias pingadas em seus olhos, embora métodos alternativos de testes de qualidade já estejam prontamente disponíveis. Não o bastante, a carne de coelho é comercializada em alguns países onde o animal é violentamente perseguido.

Por todos estes motivos, nesta Páscoa, faça uma boa ação para os coelhos prometendo não usá-los, comê-los ou comprá-los, nem mesmo apoiando os cosméticos ou produtos de uso doméstico que foram testados em animais. E se você está realmente pronto para receber um coelho, informe-se antecipadamente sobre grupos locais que trabalham com salvamento da espécie caso ocorram imprevistos após a Páscoa.

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