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Veterinário comenta mitos e verdades sobre o processo de castração dos animais

11 de agosto de 2014
3 min. de leitura
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Agosto é o mês da campanha de castração de cães e gatos, com o foco em controlar a população de animais em Ribeirão Preto. Mas, seja através de iniciativa pública ou em clínicas particulares, o processo envolve muitos mitos que provocam receios e dúvidas por parte dos tutores dos animais.

Segundo o veterinário Alessander Andrade de Martins, consultor técnico da Pet Farm, muitas pessoas têm medo por ser um procedimento cirúrgico com anestesia geral, mas a castração é sempre benéfica se não há o objetivo de crias.

Martins explica que nas fêmeas a castração é feita com a retirada dos ovários e do útero, fazendo com que ela não tenha mais cio. Já no macho, são retirados os testículos.

O período ideal para fazer o procedimento é antes do primeiro cio, assim que termina a fase das primeiras vacinas e o animal está imunizado. De acordo com o veterinário, pesquisas americanas revelam que, se for feito nessa época, há uma queda de 90% na incidência de câncer de mama, mas pode ocorrer em qualquer idade.

Prevenção

Devido à redução na produção de hormônios e à diminuição do metabolismo, os animais castrados tendem a ficar mais dóceis e socializáveis. “Nas fêmeas, previne doenças como a piometra (infecção uterina) e tumores de mama, além de evitar os sintomas típicos do cio e gravidez indesejada”, descreve.

Para os machos o procedimento também é benéfico, principalmente em casos de cães agressivos. “Ocorre queda na ação hormonal da testosterona, que provoca irritabilidade maior. E ainda reduz a incidência de câncer de próstata”, diz Martins.

Como a castração costuma deixar o animal mais quieto e sedentário, pois se reduz o ritmo de seu metabolismo, ele tende a ganhar alguns quilos a mais. Mas essa mudança pode ser evitada se o tutor criar uma rotina de atividades físicas e fizer uma adequação alimentar.

MITOS

– O animal deixará de interagir

Muitos tutores acreditam que o animal castrado fica bobo e sem interação com os tutores, mas não é verdade.

– O animal precisa cruzar pelo menos uma vez ou ter uma cria

Os animais cruzam apenas pelo instinto de reprodução. Eles não terão uma vida melhor ou mais saudável só por terem cruzado, tampouco ficarão frustrados.

– É uma crueldade com o animal

A castração é um procedimento cirúrgico, com anestesia geral, logo, possui riscos, mas não há crueldade e ainda irá protegê-lo de doenças nos órgãos genitais.

VERDADES

Reduz drasticamente o risco de doenças do trato genital, como no útero, próstata, testículos e mamas.

Diminui o hábito de urinar em locais indesejados para marcação de território.

Elimina os sintomas típicos do cio, como a perda de sangue nas cadelas ou mesmo a aproximação excessiva de cães.

O animal tende a ganhar peso porque há uma alteração hormonal e, consequente, há redução do metabolismo, mas a situação pode ser controlada desde que se mantenha uma rotina de atividades físicas e alimentação adequada.

Fonte: A Cidade

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