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Freira-do-Bugio está na lista vermelha de espécies ameaçadas

25 de julho de 2014
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Freira_do_Bugio

Mais de 350 espécies de aves recentemente identificadas foram pela primeira vez avaliadas pela organização internacional BirdLife International em nome da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), organização que avalia a conservação de espécies por todo o mundo, devido a novos critérios da avaliação.

O estudo realizado dá-nos conta de dados preocupantes: Mais de 25% destas novas espécies de aves integram a lista de espécies ameaçadas da Lista Vermelha da UICN, sendo urgente uma intervenção no sentido da sua sustentabilidade e preservação.

“Uma revisão da lista de aves não Passeriformes distinguiu como espécies separadas aves que eram consideradas como da mesma espécie, o que resultou no reconhecimento de 361 novas espécies de aves. Assim, hoje em dia reconhecem-se 4472 espécies de aves não passeriformes em todo o mundo, o que significa que a diversidade nas aves é bem maior do que o que se pensava, mais de 10% do anterior valor”, informa a Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves (SPEA).

“Como exemplos de algumas das alterações verificadas com esta nova revisão temos a freira-do-bugio (Pterodroma deserta) na Região Autónoma da Madeira, classificada como espécie globalmente ameaçada, e o painho-de-monteiro (Oceanodroma monteiroi), que existe nos ilhéus da Graciosa nos Açores, classificado agora como espécie vulnerável”, prossegue.

A Red List of Threatened Species (Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas) destaca também a destruição de muitos dos habitats destas aves apontando as regiões no sul e a este da Ásia como as necessitando mais urgentemente de medidas de conservação para salvaguardar o futuro de algumas espécies classificadas como criticamente em perigo. Stuart Butchart, responsável pela área científica da BirdLife International, enaltece a importância da Red List: “A Red List é crucial não só para identificar as espécies que necessitam de esforços de recuperação, mas também por se focar na conservação ao identificar os locais chave e habitats que precisam de ser salvos, incluindo as Áreas Importantes para as Aves classificadas pela BirdLife International”.

Em Portugal, Luís Costa, diretor executivo da SPEA, diz que “esta actualização vem realçar a necessidade de trabalhar a favor da conservação de espécies ameaçadas que só existem em Portugal, com especial importância para as novas espécies marinhas.”

*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Fonte: dnotícias

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