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Peixes se arriscam e buscam ar na superfície com a baixa vazão do rio

19 de julho de 2014
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Peixes nadam na superfície do Rio Piracicaba em busca de oxigênio (Foto: Edijan Del Santo/EPTV)
Peixes nadam na superfície do Rio Piracicaba em busca de oxigênio (Foto: Edijan Del Santo/EPTV)

Com o nível baixo do Rio Piracicaba, os peixes do manancial passam a buscar água na superfície e correm o risco de morrer, segundo pesquisador Paulo Sérgio Ceccarelli, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Tropicais (Cepta). Na quinta-feira (17), por volta das 15h, a reportagem da EPTV registrou grande quantidade de animais próximos à margem do rio, na Rua do Porto, área central e turística de Piracicaba (SP).

Ainda de acordo com Ceccarelli, os peixes sobem à superfície quando precisam de oxigênio e não o encontram no fundo do rio. Ainda de acordo com ele, a grande concentração de matéria orgânica na escassa quantidade de água do rio diminui ainda mais a concentração de oxigênio para os animais. Ao subirem à superfície para respirar, os peixes correm risco de morrer.

“Eles aguentam pouco tempo nessa situação porque, enquanto respiram, eles são queimados pelo sol e podem acabar morrendo”, explicou Ceccarelli.

Vazão e nível baixos

Apesar de os equipamentos que medem a vazão e profundidade do rio estarem em fase de testes, os últimos registros oficiais apontam que as duas variáveis estão abaixo da média histórica, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee). A vazão está na faixa dos 14 mil litros de água por segundo, enquanto o normal seria acima de 65 mil litros de água por segundo. O nível é de cerca de 90 centímetros, bem abaixo do esperado para julho, que era de 1,54 metro.

Reflexos por 5 anos

No início do ano, durante o período da piracema (reprodução dos peixes), não choveu conforme o esperado para a época. Essa falta de chuvas deve causar prejuízos ao ecossistema da região por pelo menos cinco anos, ainda de acordo com entrevista de Ceccarelli na época. A reprodução foi até 28 de fevereiro.

Segundo o pesquisador, a estimativa era de que apenas 15% dos peixes conseguiram se reproduzir.

Fonte: G1

 

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