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Abandono de cães em Balenário Barra do Sul (SC) sensibiliza moradores

9 de julho de 2014
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Foto: Luciano Moraes/ND
Foto: Luciano Moraes/ND

Ato de desamparar alguém. Esse é o significado de abandono, prática da qual muitos cachorros são vítimas em Balneário Barra do Sul. Na cidade é comum ver animais soltos na rua, revirando lixeiras, sujos, magros e com a aparência de estarem sem tutor. “O que acontece muito é que as pessoas vêm de outras cidades para soltar os cachorros aqui”, sugere Orlando Emídio, 66 anos, mais conhecido como Ney Chaveiro pelo estabelecimento que tem no Centro da cidade. Ele afirma que diversas vezes viu carros com placas de Jaraguá do Sul, Joinville e outras cidades parando e deixando animais na rua.

O aposentado cuida atualmente de 11 cachorros que encontrou em estado de abandono. Ele conta que começou essa espécie de trabalho voluntário há 5 anos. “Eu tento ajudar como posso, pego um aqui e outro ali e com a ajuda dos conhecidos vou tentando doar”. Emídio calcula que por mês chega a gastar 300 reais para alimentar os animais. “Isso fora o custo de remédio, vacina e essas coisas”, reforça.

Todo o esforço se faz necessário por não existir no município organização, governamental ou não-governamental de se comprometa com o assunto. O próprio Emídio conta que várias vezes procurou a prefeitura na tentativa de solucionar o problema, mas tudo que conseguiu foram argumentos de que a questão dos animais abandonados não é prioridade no momento.

A diretora municipal do Meio Ambiente de Balneário Barra do Sul Cirlei do Nascimento, responsável pela questão dos animais na prefeitura, confirma que a cidade ainda não dispõe de nenhuma medida voltada para os animais. “Estamos tentando parcerias com outros municípios e com a escola agrícola de Araquari, mas até agora não conseguimos nada”, explica.

Ela conta que a intenção da parceria é que pelo menos os cães abandonados sejam castrados. De acordo com o veterinário da Vigilância Ambiental de Joinville Jaime do Mator Junior, impedir que o animal se reproduza ajuda a diminuir a população abandonada, mas não resolve o problema. “Só a castração não é suficiente. É preciso trabalhar a questão da guarda responsável, que é aquele tutor que cuida de verdade do animal, com incentivo municipal e amparo das leis”.

Fonte: Notícias do Dia

 

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