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Restam apenas 50 jaguatiricas vivas nos Estados Unidos

1 de julho de 2014
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Care2
Foto: Care2

Em novembro do ano passado, um belo e raro ocelote (felino chamado de jaguatirica, no Brasil) foi morto na State Highway 100, em Rio Grande Valley, no Texas (EUA). Tratava-se de um macho de quatro anos e meio de idade, e sua morte trouxe os números da população, que já são precários, ainda mais perto da extinção. As informações são da Care2.

Conforme relatado pela National Geographic, a equipe do refúgio de vida selvagem que vinha monitorando o felino ficou preocupada com os seus movimentos. Ao invés de vagar em habitats silvestres, ele perambulava ao redor de lojas de conveniência, estradas, rodovias e casas de campo.

Boyd Blihovde, gerente do refúgio, lamentou que “perder tantos desses animais em colisões com veículos parece simplesmente sem sentido”. Enquanto parece sem sentido para os humanos, o macho ocelote estava motivado por fatores primordiais em seu núcleo: acasalar-se e marcar território.

Território dos ocelotes

Nos Estados Unidos, acredita-se que o número de ocelotes na natureza seja de aproximadamente 50 indivíduos. Havia provavelmente 100 indivíduos há uma década atrás. Há ocelotes habitando o México, as Américas Central e do Sul (exceto o Chile), porém a sua situação nos Estados Unidos é devastadora.

Os ocelotes vieram do Texas, da Louisiana, do Arkansas e de Arizona, e separaram-se em duas populações que se localizaram na região Laguna Atascosa (Texas) e condado de Willacy, parte do qual é composta por terras privadas.

Um pequeno número desses felinos também tem sido visto no Arizona, mas os especialistas não acreditam na probabilidade do animal ter criado uma posição segura com uma população reprodutiva ativa no estado. Mesmo assim, esses avistamentos tiveram efeitos positivos. Conforme divulgado pelo Arizona Daily Star, as aparições de ocelotes suspenderam o desenvolvimento do projeto da mineradora de Rosemont. Questões relacionadas a espécies ameaçadas ganharam prioridade sobre a data prevista para a mineradora e suas licenças.

Além disso, o projeto de construção da mineradora poderia reduzir o fluxo de água ou secar riachos nas proximidades. Danos à água afetam a vida selvagem habitante no local, e não só o ocelote.

O que está matando os ocelotes

Nos Estados Unidos, estradas e rodovias com carros em alta velocidade são a principal ameaça a esses animais. De acordo com a National Geographic, seis entre catorze ocelotes rastreados foram mortos em acidentes envolvendo veículos.

Há outros perigos iminentes para os ocelotes. A fragmentação e a perda do habitat estão atingindo a maioria dos felinos. Segundo a reportagem, infelizmente 95 % do território original do ocelote tem sido transformado para atender às necessidades agrícolas e de moradia do ser humano.

A linha de fundo é que os ocelotes precisam de mais espaço para realizar o que o recente macho que foi morto arriscou a vida para fazer. É necessário espaço para acasalamento e estabelecimento de território.

Ainda conforme a reportagem, décadas se passaram e o Serviço de Vida Selvagem dos Estados Unidos fizeram pouco para ajudar os ocelotes. No entanto, os recentes números sombrios fizeram mudar essa atitude passiva. Como relatado pela National Geographic, o governo comprou 100 mil acres (equivalentes a 404 km²) de terras para desenvolver um território para os animais. A má notícia é que os especialistas acreditam que seria necessário no mínimo um milhão de acres para reconstruir números populacionais saudáveis do felino.

A sobrevivência do ocelote depende largamente das mãos de indivíduos humanos, pois 95 % das propriedades do Texas é particular. Iniciativas e incentivos junto aos proprietários poderiam significar a salvação para os ocelotes americanos.

Assine a petição para que esse animal, que é um dos últimos restantes da vida selvagem americana, possa obter mais ajuda contra a sua extinção.

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