EnglishEspañolPortuguês

Mero é registrado pela primeira vez em seu habitat no Piauí

11 de junho de 2014
2 min. de leitura
A-
A+

mero

Técnicos do projeto Senhor das Pedras-SDP, patrocinado pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com o projeto Sociobiodiversidade da Ilha, financiado pelo Tropical Forest Conservation Act-TFCA, geridos pela Comissão Ilha Ativa-CIA, estiveram na praia Pedra do Sal, Parnaíba-PI, onde registram pela primeira vez na região, o peixe mero (Epinephelus itajara) em seu habitat natural.

O projeto SDP atua desde 2013 na Área de Proteção Ambiental-APA Delta do Parnaíba e tem como objetivo promover por meio de pesquisas e educação ambiental a conservação do mero, um peixe criticamente ameaçado de extinção no Brasil e no mundo.

Segundo a coordenadora técnica, bióloga Kesley Paiva, a pesquisa conta com a participação de pescadores. “Os pescadores repassam informações importantes para o estudo, como alimentação, reprodução, locais de ocorrência, dentre outras. Estes pontos visitados na Pedra do Sal e Ilha Grande foram levantados por meio de metodologias participativas, onde foram mapeados e estão sendo acompanhados através destes mergulhos, visando flagrar o gigante do mar”, relatou Kesley.

O técnico do projeto Sociobiodiversidade da Ilha, Vinícius França, conta que durante a atividade foram flagrados dois meros a uma profundidade de 15 metros, sendo um juvenil apresentando cerca de 60 cm e um adulto com aproximadamente dois metros de comprimento. “O mero é um animal dócil, sedentário e verificamos isso durante o mergulho. Além destes fatores, este animal realiza a formação de cardumes no período reprodutivo, o que facilita sua captura, disse o técnico”.

Os dados levantados pelos pesquisadores são recentes, mas já demonstram a importância de continuidade das ações. Com menos de um ano de execução, o projeto já alcança bons resultados, como o registro do animal em seu habitat, o repasse de um jovem mero capturado acidentalmente, demonstrando a confiança entre pescadores e técnicos, a contribuição através das informações e a sensibilização da comunidade pesqueira, que já repassa aos demais a necessidade de proteção ao mero. “Estamos muito contentes, em especial com a parceria tão valiosa junto a estes profissionais. Os trabalhos continuam e ainda há muita coisa a se fazer, mas estamos certos de que este é caminho”, finaliza a bióloga Liliana Souza.

Fonte: Portal az

Você viu?

Ir para o topo