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Asma também é um problema de gato

10 de junho de 2014
3 min. de leitura
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Foto: John Moore/Getty Images
Foto: John Moore/Getty Images

Nesta época do ano, as crianças lotam os serviços de emergência com os mais diversos problemas respiratórios. E com os gatos o cenário não é diferente, principalmente os gatos portadores de asma felina. A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns nesses animais. Também conhecida como asma brônquica e bronquite alérgica, é uma doença progressiva que causa a hiper-reatividade (uma resposta inflamatória mais forte que o habitual), inflamação e obstrução das vias respiratórias. Os sintomas podem se reverter espontaneamente em alguns casos ou somente após o tratamento médico.

Gatos com idades entre dois e oito anos são mais propensos a desenvolver a doença e as fêmeas correm duas vezes mais risco de terem asma quando comparadas aos machos. Animais das raças Siamês e Himalaia são mais acometidos que outras raças.

Os sintomas podem ocorrer em qualquer época do ano, porém, alguns gatos podem ter sintomas mais graves em determinadas épocas como no outono e na primavera. O mais comum é a tosse que pode ser persistente e acompanhada de chiado no peito. Os gatos geralmente ficam com a cabeça esticada para a frente ao tossir e pode parecer que eles estão engasgados com alguma coisa.

Em crises mais severas, o gato pode sofrer de angústia respiratória, não deita e fica respirando de boca aberta. Nos casos em que a tosse é grave e persistente, o gato pode vomitar depois de tossir.

Vários fatores podem estar envolvidos no desenvolvimento da asma felina, mas a causa exata ainda não foi descoberta. Alérgenos como pólen, fumaça, insetos, sprays de cabelo, poeira, travesseiros de pluma, perfumes, além de ácaros, vírus ou infecções causadoras de inflamação e produtoras de muco podem provocar uma diminuição no tamanho das vias aéreas e a piora dos sintomas.

Além disso, alguns gatos podem ter ataques de asma em resposta a alergias alimentares, particularmente alimentos à base de peixe que podem ter maior quantidade de histaminas naturais. As infecções bacterianas, por micoplasma e vírus e também podem contribuir para ataques de asma felina.

O diagnóstico é feito pela combinação dos sintomas apresentados, radiografia de tórax, a exclusão de outras causas de tosse, e a resposta ao tratamento. Exames de sangue incluem frequentemente um hemograma, perfil bioquímico e um teste de dirofilariose e ensaios para determinar a presença de outros parasitas, tais como os vermes pulmonares. Ocasionalmente, uma cultura de bactérias ou micoplasma também é realizada.

O objetivo do tratamento é controlar as secreções, melhorar o fluxo de ar e reduzir os sintomas. Gatos com doença leve e apenas sintomas ocasionais são muitas vezes tratados com redução de peso, prevenção de alérgenos, e redução à exposição a substâncias que podem agravar a condição (tais como poluição e fumaça de cigarro). Medicamentos são ministrados por meio de um inalador dosimetrado (a famosa bombinha com espaçador). Com terapia de inalação, altas concentrações de medicamentos podem ser direcionadas diretamente aos pulmões e os efeitos colaterais sistêmicos são evitados ou minimizados.

Em casos de crise severa pode necessitar de hospitalização. Por isso, fique atento. Não é comum um felino tossir. Este é um sinal de alerta! E em caso de dúvida, procure sempre a avaliação e orientação de seu veterinário de confiança ou de um especialista.

Fonte: Época

 

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