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Campanha pede a criação de parque ambiental para tatu-bola

6 de junho de 2014
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Escolhido pela Fifa para ser o mascote oficial da Copa do Mundo, o tatu-bola está na lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Para Felipe Melo, professor e pesquisador de biologia da Universidade Federal de Pernambuco, não poderia haver oportunidade melhor para pressionar o Ministério do Meio Ambiente a anunciar a criação de uma reserva ambiental que garanta a proteção deste mamífero típico da caatinga, no Nordeste. Para isso, na última semana, Felipe criou um abaixo-assinado na plataforma Change.org. Os primeiros resultados já apareceram: em uma semana, mais de 30 mil pessoas assinaram a petição.

O Parque do Tatu-bola, como o professor sugere que se chame a reserva ambiental, pode ficar localizado em qualquer um dos 80 sítios identificados pelo próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA) como prioritários para a proteção da biodiversidade da caatinga. O animal está há mais de 10 anos na lista de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Para Melo, é uma falta de coerência escolher uma espécie brasileira ameaçada de extinção para representar a Copa do Mundo e não fazer nada para enfrentar este risco. O professor explica que a situação do animal até piorou: na última avaliação do MMA, no ano passado, o tatu-bola passou da categoria de vulnerável para realmente ameaçado.

“Estamos propondo três ações nesta mobilização cujo abaixo-assinado é uma das estratégias. A primeira é a publicação de um plano de ação e conservação da espécie, que foi concluída semana passada. A segunda é cobrar o investimento no programa chamado Parques da Copa, anunciado pelo Ministério do MMA, em 49 áreas de conservação voltadas para o turismo relacionado ao evento. Dos R$ 600 milhões, somente 0,15% foi investido. E, por último, chamar a atenção que esta é uma excelente oportunidade para o governo deixar um legado ambiental da Copa do Mundo para o Brasil”, explica Melo.

Endereço da petição: www.change.org/parquedotatu

Fonte: Jornal do Brasil

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