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Investigação revela a crueldade por trás da indústria de corridas de cavalos

21 de março de 2014
2 min. de leitura
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(da Redação)

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Após uma investigação secreta de quatro meses realizada pelo grupo PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) no ano passado, ativistas divulgaram cenas perturbadoras de abusos praticados em uma das instalações de um dos principais centros de treinamento de cavalos dos Estados Unidos. Na terça-feira, o PETA apresentou queixas a órgãos federais e estaduais em Kentucky e em Nova York, alegando que o treinador Steve Asmussen – que ocupa o segundo lugar no ranking de corridas de cavalos e ganhou mais de US$ 214 milhões em seus empreendimentos – e seu assistente, Scott Blasi, forçam animais feridos a correrem e a treinarem. As informações são do The Dodo.

De acordo com o New York Times, que teve acesso às sete horas do vídeo gravado pelo PETA , a investigação descobriu que os abusos são generalizados na operação de Asmussen em Kentucky: “As imagens e o relatório descrevem o negócio de Asmussen e os bastidores das duas das pistas mais célebres dos Estados Unidos como lugares onde os cavalos são tratados como mercadorias e recebem inúmeras injeções conjuntas, como tranqüilizantes, analgésicos e suplementos (…) Blasi foi gravado discutindo sobre cavalos feridos, bem como a forma como um de seus jóqueis, Ricardo Santana Jr., 21, usou um aparelho para eletrocutar cavalos, uma prática que é proibida na corrida.”

Outras gravações revelam Blasi reconhecendo os problemas de dor e febre crônicas enfrentadas por Nehro, um dos cavalos de Asmussen, que mais tarde morreu no Kentucky Derby de 2013. Como relata o Times, a investigação do PETA mostra que cavalos como Nehro, que foi forçado a continuar a treinar apesar de sofrer ferimentos devastadores em seus cascos, recebem grandes quantidades de drogas para mantê-los na competição – uma transgressão que já foi denunciada no passado: “Em 2006, (Asmussen) sofreu uma suspensão de seis meses depois de uma potranca que ele treinou apresentou índice 750 vezes acima do limite legal em Louisiana para a mepivacaína, anestésico local para amortecer a dor nas pernas de um cavalo. Em vez de perder seus meios de subsistência, Asmussen entregou os cavalos a Blasi, que ganhou mais de 198 corridas e terminou o ano com mais de US$ 14 milhões em ganhos.”

Asmussen e Blasi não são os únicos denunciados após a investigação. Cenas também mostram o proeminente veterinário de Nova York,  James Hunt Jr., dando furosemida a um animal, um diurético controverso feito para parar a hemorragia pulmonar causada pelo exercício físico. Em uma conversa gravada, Hunt revelou que muitos cavalos que recebem furosemida na verdade, não precisam da droga – mas são aplicadas de qualquer maneira, disse o investigador, por “potencializar o desempenho.”

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