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“Peixes virtuais” podem substituir os reais em experimentos

28 de março de 2014
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Foto: mdalmuld/Creative Commons
Foto: mdalmuld/Creative Commons

Cientistas da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, estão estudando a eficácia do uso de “peixes virtuais” para experimentos de toxicidade e concentração de substâncias químicas no ambiente.

A universidade já tinha aperfeiçoado a técnica de obter células do fígado de trutas para manipulá-las e formar esferóides tridimensionais. Estas bolas de células se comportam de forma muito mais parecida com tecido animal normal que células cultivadas de modo tradicional em laboratório. E podem dar aos cientistas um modo mais acurado de ver como o corpo de um animal responde a substâncias químicas no ambiente.

Agora, planejam desenvolver a técnica com células da guelra e estômago de peixes, num experimento que tem o potencial de reduzir o número de animais vivos exigidos pela pesquisa científica.

Segundo Awadhesh Jha, professor de toxicologia genética e ecotoxicologia da Faculdade de Ciências Biológicas da universidade, “tradicionalmente, os processos vitais fundamentais são estudados em nível de todo o corpo, mas por razões éticas e legais tem havido muita ênfase no uso de células, tecidos e órgãos crescidos fora dele.”

De acordo com o governo britânico, quase 59.000 peixes foram usados em estudos de ecotoxicologia no país em 2011. Mas novas regulamentações levarão a um grande aumento de produtos que exigirão testes, e isto potencialmente envolveria milhões de animais vivos nos próximos anos.

A técnica desenvolvida em Plymouth não usa animais vivos, e os cientistas acreditam que poucos peixes podem gerar as células necessárias para os testes, com o benefício adicional de que os esferóides duram bem mais que outras amostras criadas em laboratório, e podem ser usadas para experimentos mais detalhados, relata o EurekAlert.

Fonte: Planeta Sustentável

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