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Responsável por confinar tubarões em aquário é punido

15 de dezembro de 2013
4 min. de leitura
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Por Aparecida Yoshimi Miyata (da Redação)

Foto: Care2
Foto: Care2

O presidente do Idaho Aquarium vai passar um ano em uma prisão federal. Ammon Covino decidiu que precisava de um acervo adicional em seu aquário em Boise, Idaho. Em particular, ele queria mais tubarões-limão e arraias manchadas.

Ele encontrou um fornecedor na Flórida que podia conseguir o que ele queria, o problema foi que ele não se importou em obter nenhuma permissão apropriada antes de trazer os tubarões e as arraias, ignorando que se tratava de um crime. O fornecedor até lembrou Covino de que ele precisava de documentação para tal.

Com a frase “que se dane”, ele insistiu para que o fornecedor enviasse os tubarões e as arraias de qualquer jeito.

Foi quando as coisas deram errado para Ammon Covino e outro executivo do Aquário, o co-fundador Christopher Conk. O que eles não sabiam era que o fornecedor estava trabalhando com as autoridades federais e todas as conversas estavam sendo gravadas.

A decisão de Covino de burlar as leis do estado da Flórida e do Ato federal Lacey renderam a ele um ano e um dia na prisão por conspiração na compra e transporte de vida selvagem da Florida para Idaho. Devido sua transgressão ter intenção de beneficiar seus negócios, o Idaho Aquarium foi também processado criminalmente e sentenciado culpado.

Covino e Cork poderiam ter sido sentenciados em até 5 anos de prisão.

Os problemáticos aquários da famíla Covino 

O nome Covino é bem conhecido no mundo dos aquários, mas não necessariamente por bons motivos. Cada uma das 3 posses da família tem problemas de causar espanto.

No aquário Boise, além da convicção de tráfico da vida marinha, vários outros problemas foram se formando ao longo dos últimos meses. A Sociedade Humana de Idaho e o departamento de Pesca e Jogos de Idaho estão atualmente investigando a veracidade de queixas em relação aos cuidados de baixa qualidade para com os animais. Além disso, a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional publicou recentemente a instalação de um aviso de supostos riscos de segurança e de saúde.

Ammon Covino e seu irmão Vince, também co-fundaram o Aquário Portland em Oregon. Aqui também as alegações são abundantes de que os animais foram maltratados. Segundo o The Oregonian, mais de 200 animais marinhos morreram no aquário de Portland durante a primavera de 2013, de fome, infecções, altas temperaturas, ataques entre os animais e outras causas desconhecidas.

Esta informação veio de um ex-funcionário do aquário que forneceu um “relatório das mortes”, abrangendo o período de 18 fevereiro a 16 maio de 2013. Durante este período, foi alegado que o Portland Aquarium rotineiramente adiou tratamento de emergência para cortar custos. Essas alegações levaram o Oregon Humane Society a investigar o local.

Foto: Care2
Foto: Care2

A família Covino estava se preparando para abrir seu terceiro aquário em Austin, Texas, enquanto Ammon Covino era condenado em 2 de dezembro. Mesmo em Austin, dizem que os Covinos tem contornado os requisitos legais.

Os relatórios indicam que a instalação de Austin começou a construção antes de ter as licenças necessárias. Agora que a construção está concluída, também não é claro se eles obtiveram o habite-se que permitirá visitantes no local. Essas atribuições parecem ser uma pedra constante nesta família.

Sentenciado por um juíz “linha-dura”

O juiz neste caso, o Juiz Distrital dos EUA Jose E. Martinez, sabe o caminho a se seguir quando se lida com esse tipo de delito.

Quando Covino pediu à sua audiência de sentença para não ser enviado para a prisão porque sua esposa estava prestes a dar a luz ao seu filho em abril, o juiz lhe disse que as desculpas que ele estava fazendo seriam melhor direcionadas para a criança ainda não nascida do que ao tribunal

A apresentação do Conk não foi muito melhor. Ele disse ao juiz que ele nunca tinha estado na Flórida até chegar em Key West para uma audiência deste caso. Conk observou como o lugar é bonito.

“Não vai ser bonito por muito mais tempo se as pessoas continuarem roubando tubarões e outros animais selvagens”, Martinez respondeu. O juiz praticamente acertou em cheio.

De acordo com a ordem do juiz, Amom Covino e Christopher Conk não vão poder fazer nada com o Aquário de Idaho quando suas penas de prisão estiverem concluídas. Isso é para o melhor, não acha?

Nota da Redação: Convém lembrar que, apesar da prisão de Covino ter sido merecida, nenhum animal deve ser comercializado, afinal, animais não são mercadorias. Mesmo com uma licença apropriada, ainda assim seria um ato antiético e de desrespeito à integridade do animal. A única opção é proibir todo tipo de comércio de animais. 

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