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Votuporanga (SP) recebe coleiras para controle de doença em cães

29 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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Votuporanga (SP) tem sido referência no cuidado e prevenção da leishmaniose. As ações de combate a doença têm ganhado reforços importantes, um deles foi a chegada das coleiras com deltametrina para serem colocadas em todos os cães existentes na cidade. A medida integra um projeto científico desenvolvido pela parceria do Instituto Adolfo Lutz e Prefeitura de Votuporanga, por intermédio da Secretaria de Saúde, e conta ainda com a participação de outras instituições de pesquisa, ensino e serviço, como, por exemplo, a Unifev. O Ministério da Saúde é o principal financiador deste projeto.

Coleira que será utilizada nos cães em Votuporanga
Coleira que será utilizada nos cães em Votuporanga

Segundo o médico veterinário do Secez (Setor de Endemias e Zoonoses), Elcio  Sanchez Estevez Junior, o encoleiramento deve abranger 100% dos cães na cidade  e terá duração de dois anos. “Precisamos muito da colaboração da população para  combater essa doença e a participação de todos neste projeto é fundamental, se  não conseguirmos encoleirar todos os cachorros a eficácia do projeto não será a  mesma e a doença vai continuar matando animais e colocando também em risco a  vida de diversas pessoas”.

O encoleiramento será feito junto com o Censo Animal (cadastramento de todos os  animais realizado a cada dois anos) e começa ainda em janeiro. “Serão montados  quatro postos de atendimento que percorrerão todos os bairros, porém, devemos  concluir todo o processo dentro de 60 dias para não diminuir a eficácia da ação de  combate”, explicou o veterinário. A coleira de deltametrina tem validade por seis  meses e é considerada a forma mais eficaz de proteger os cães contra os flebótomos (mosquito transmissor da leish-maniose), moscas e auxilia também no controle dos carrapatos e pulgas. Imediatamente após a sua colocação no pescoço do cão, começa a liberação do seu princípio ativo que se distribui de forma rápida e uniforme pela pele até atingir todo o corpo. “Sendo assim, após seis meses desta primeira etapa teremos que trocar as coleiras de todos os cachorros que receberam, e assim acontecerá por dois anos, por isso a importância da colaboração e comprometimento da população”, alertou Elcio Sanchez.

Segundo o último Censo Animal, realizado em 2011, Votuporanga contava com 13 mil cães. “Porém, sabemos que a doença já matou muitos animais. Teremos o número atual com o Censo que iniciaremos em janeiro, mas temos coleira para todos os cães”, afirmou o médico.

Combate

O encoleiramento faz parte de uma série de ações no combate a doença, entre elas estão ainda o manejo ambiental, castrações e pulverização. “Os tutores de animais devem tomar diversos cuidados para prevenir a doença como, por exemplo, não soltar o animal para passear sozinho; manter casa e quintal sempre livre de materiais orgânicos; não criar galinhas e porcos em área urbana; recolher constantemente frutas, folhas de árvores, fezes de animais e restos de madeira – pois esses materiais acumulam umidade e favorecem a criação do mosquito transmissor; embalar e recolher o lixo corretamente”.

Os sinais e sintomas em cães são: lesões cutâneas, descamação e queda de pelos; úlceras na pele em orelhas, focinho, cauda e articulações; pelo opaco; crescimento anormal das unhas; aumento dos gânglios; conjuntivite; coriza; diarreia; perda de apetite; apatia e emagrecimento, lembrando que eles podem ficar assintomáticos por anos. Já em pessoas os sintomas são: febre com duração prolongada; emagrecimento; fraqueza; anemia; hemorragias; palidez e queda do estado geral.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone 0800- 770-9786 ou pelo (17) 3405-9786.

Fonte: A cidade

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