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Veterinária indica cuidados para levar cães em viagens de família

29 de dezembro de 2013
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Jornal da Manhã
Foto: Reprodução/Jornal da Manhã

Faltam três dias para acabar o ano e você já programa uma viagem a fim de passar o réveillon fora de sua cidade, mas fica preocupado se leva ou não o seu cão. Deixá-lo para trás seria uma viagem incompleta já que não se sabe como ele ficaria com o vizinho ou com o parente. Afinal, o seu cachorro é um membro da família. Então está decidido, ele vai viajar. Pensando assim, a médica veterinária Simone Troncoso indicou sobre como proceder para levar o animal neste passeio. Então, acompanhe a entrevista, fique atento e comece desde já arrumar a sua bagagem e a do seu cachorro também.

Quais os cuidados devemos tomar ao levar um cãozinho em viagem pela primeira vez?
Simone Troncoso – Para evitar uma viagem turbulenta, antes de qualquer coisa é preciso que acostume o animal a andar de carro. Primeiramente, apenas faça-o entrar e sair do veículo, como se fosse uma brincadeira, e recompense-o sempre que estiver dentro. Depois leve-o para passear de carro. Inicialmente, percorra distâncias curtas e depois vá aumentando. Leve-o sempre em locais agradáveis, para que ele associe que andar de carro o levará a algum lugar divertido. Certifique-se também que todas as vacinas estão em dia. Em casos específicos, como as viagens para o litoral, é importante que se tenha em mente a precaução contra a dirofilariose, conhecida como verme do coração. Se o destino for fazenda ou campo, o cuidado deve ser para evitar pulgas e carrapatos.

Não podemos tratar um cachorro como gente, já que a parte fisiológica é bastante diferente. Como proceder neste caso para que a viagem não se torne um problema?
Simone – Preparar o animal antes da viagem (passeios, remédios…), fazer as paradas de acordo com as necessidades dele, levar água e comida.

Muitas vezes o animal enjoa, mesmo os mais acostumados. Como proceder neste caso? O vento na cara ajuda?
Simone – O enjoo é uma sensação extremamente desagradável que cria uma associação negativa. Para isso, evite que seu cão viaje com o estômago cheio. Você pode ainda, evitar os enjoos dirigindo de forma ponderada. Acelere e breque suavemente. Se necessário, peça ao veterinário algum remédio para evitar o enjoo. Aquele ventinho na cara e a cabeça pra fora da janela pode despertar a atenção simpática de pedestres e motoristas. No entanto, mesmo parecendo um ato inofensivo, esconde risco à vida do animal e até do próprio motorista.

Dar umas voltinhas antes, também resolve?
Simone – Passear com o cão antes da viagem pode ajudar sim. Ele vai ficar mais calmo e cansado, consequentemente, menos estressado para a longa jornada.

E quanto à alimentação antes de viajar?
Simone – Como disse, é aconselhado que não ofereça água nem comida para o animal três horas antes de viajar com ele. E durante a viagem deve-se oferecer apenas em pequenas quantidades

E quanto às paradas, de quanto em quanto tempo devem ser feitas?
Simone – Durante a viagem é necessário que o animal se alimente com frutas ou alimentos leves, beba água para se manter hidratado e saia um pouco durante as paradas para fazer suas necessidades fisiológicas e se exercitar. A parada deve ser feita a cada duas ou três horas e esta deve ser feita em locais seguros e apropriados. Prefira parar em postos de gasolina ou postos rodoviários. Evite parar no acostamento porque o movimento dos carros pode assustar seu cão.

Um veterinário pode ajudar aplicando algum remédio no animal para acalmá-lo? É correto fazer isso?
Simone – O médico veterinário irá avaliar a situação e verificar a necessidade ou não de uso de medicamentos. Há alguns casos de animais agitados e/ou nervosos, ou também em longas viagens que a aplicação de um sedativo pode ser necessária.

É bom sempre levar uma guia?
Simone – Não apenas uma guia. Seu cão merece uma bagagem. A bagagem do cão deve ser composta por itens básicos, como: guia e coleira, ração em quantidade suficiente até o final da viagem, potes para água e comida, toalha, brinquedos e caminha. E, claro, farmácia básica recomendada pelo veterinário em casos de emergências.

Também não devemos levar os animais nos bancos da frente?
Simone – De acordo com o Código de Trânsito é vetado o transporte de animais entre as pernas e braços ou do lado esquerdo do motorista, nem mesmo naquela ida rápida até a pracinha. Pode acarretar em infração média e multa. Os animais soltos no carro acabam tirando a concentração não só dos passageiros, mas também do condutor.

E os grandes cães, por que não devemos levá-los na carroceria?
Simone – Transportar animais na parte externa de qualquer veículo também é contra o Código de Trânsito Brasileiro. Pode acarretar em infração grave e multa. Além disso, corre-se o risco de o animal se jogar do veículo em movimento, podendo se machucar seriamente ou vir a óbito.

Fonte: Jornal da Manhã

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