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Veterinário fala sobre os cuidados necessários com os animais durante as festas

28 de dezembro de 2013
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Quem tem um bicho em casa sabe que a preocupação com os cães e gatos em datas especiais, como Natal e réveillon, não pode ser deixada de lado.

Segundo o veterinário de Juiz de Fora, Eduardo Carneiro, durante o período de festas em que os fogos de artifício são mais usados e as ceias fartas, como no fim do ano, a atenção deve ser redobrada. Outro ponto é que, para quem vai viajar, levar os animais pode ser difícil, então, os hotéis podem ser uma boa opção. Porém, ainda de acordo com o veterinário, alguns detalhes devem ser observados na hora de escolher o local.

Tunin e Pepa não conseguiram viajar nas férias (Foto: Rogério Caetano/Arquivo Pessoal)
Tunin e Pepa não conseguiram viajar nas férias
(Foto: Rogério Caetano/Arquivo Pessoal)

O designer Rogério Caetano e a esposa Renata Oliveira Caetano aprenderam na prática como é difícil viajar com os animais. Donos dos gatos Tunin e Pepa, de três anos, eles enfrentaram uma situação inesperada na primeira viagem da família para passar o Natal em Cataguases, na Zona da Mata. “Os dois ficaram muito estressados durante o percurso e viajaram miando o tempo todo”, contou Rogério. Por causa disso, procuraram um veterinário antes da segunda viagem. “Ele recomendou dar ¼ de comprimido de Dramin. Só que a gente não sabia que quando o gato é agitado, o remédio o deixa pior ainda. Tunin passou mal, miou o tempo todo, urinou, as pupilas dilataram. Nós tivemos que parar no caminho para tentar acalmá-lo”, disse Rogério. E a situação não melhorou depois que eles chegaram ao destino. “Quando chegamos, eles estavam muito estressados, estranharam o local, outras pessoas, nós e até um ao outro. Tunin levou dois dias até o efeito colateral amenizar. Passamos a semana gerenciando o estresse deles até conseguir reaproximar os dois”, disse o designer.

Para a viagem de volta a Juiz de Fora, os bichanos precisaram de apoio médico. “A gente procurou um veterinário em Cataguases para recomendar um remédio que pudesse acalmá-los, um sonífero. Pepa dormiu. Tunin, não, mas ficou mais calmo”, relatou. Agora, quando precisa viajar, o casal solicita ajuda de outras pessoas. “Desde então, não levamos mais eles. Não os tiramos do ambiente deles, para preservá-los, para evitar esse problema todo. Enquanto estamos fora, conseguimos alguém para ir à nossa casa conferir se está tudo certo”, contou.

Contudo, para aqueles que não têm alguém de confiança para olhar os bichos, os hotéis para cães e gatos podem ser a solução. De acordo com a proprietária de um desses estabelecimentos em Juiz de Fora, Marcela Mattos, a procura aumenta consideravelmente nesta época do ano. “Aqui nós só trabalhamos com cachorro e, mesmo assim, enche muito. A pessoa tem que fazer a reserva com antecedência, pois o canil fica lotado. Nós fazemos até lista de espera e, nem assim conseguimos atender todo mundo. Para o réveillon, já não temos mais vagas”, falou.

Cachorrinhos se divertem em hotel de Juiz de Fora (Foto: Dog Walker/Divulgação)
Cachorrinhos se divertem em hotel de Juiz de Fora (Foto: Dog Walker/Divulgação)

Normalmente a diária no local custa R$ 45. Entretanto, nesta época do ano o valor sobe para R$ 50. Segundo a proprietária, os cachorros passam o dia todo soltos, brincando nas áreas de recreação. “Nós temos quatro áreas aqui no canil. Nós separamos os cachorros por porte e eles ficam brincando. Durante à noite eles ficam em canis individuais. Recebemos no máximo 30 cães”, disse Marcela Mattos.

Antes de mandar o bicho para o hotel, alguns cuidados devem ser tomados. De acordo com o veterinário Eduardo Carneiro é preciso se certificar de que os animais estejam devidamente vacinados e vermifugados. “Assim, se ele tiver contato com algum tipo de parasita ou agente infeccioso, ele não irá pegar, pois vai estar protegido”, explicou. Além disso, é essencial que o cão ou gato tenha um espaço para recreação. “Ele precisa ter espaço de lazer e acesso à área externa. Durante o período noturno o animal precisa ter um espaço individualizado, separado de outros animais. Tudo sempre com a supervisão adequada”, destacou.

Já para aqueles que ficarão em casa na companhia dos animais, é preciso ter cuidado com a ceia de réveillon. O veterinário explicou que o ideal é que os animais se alimentem apenas de ração. Portanto, nada de dar comida aos bichos durante a festa. “Muitos têm o costume errado de dar resto de carne e ossos de aves. O certo é que eles comam apenas ração. No entanto, se o animal está acostumado com comida, ela deve ser sem tempero e com pouco sal”, enfatizou.

Outra preocupação é quanto aos fogos de artifício. Muitos animais ficam agitados e assustados por conta do barulho. Segundo Eduardo Carneiro, o problema tem solução. “Os tutores de animais que têm problemas com isso devem procurar um veterinário para receitar um remédio tranquilizante, já que os fogos são inevitáveis nas festas de fim de ano”, disse.

Uma alternativa também é levar o bicho para um lugar tranquilo. “Como nosso hotel fica em uma região afastada, muitos tutores deixam seus bichos aqui na virada do ano”, contou Marcela Mattos.

Fonte: G1.

Nota da redação: Sobre a alimentação, em qualquer época do ano, o animal não pode comer qualquer tipo de comida. O ideal seria que 50% de sua alimentação fosse composta de ração de qualidade e os outros 50% de uma combinação de cereais (arroz, por exemplo), legumes e frutas (tudo preparado sem sal ou gordura). Nunca dê chocolate, açúcar, tomate, feijão, batata. Estes alimentos causam danos sérios aos dentes e à saúde do animal.

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