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Rota migratória de aves no norte do País dá colorido a matas e águas

25 de dezembro de 2013
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(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

A rota migratória de aves no norte maranhense muda a paisagem do estado, tingindo de cores matas e águas no Maranhão.

Um dos fenômenos naturais mais incríveis da natureza se repete na lua nova e na lua cheia: o mar avança rumo ao continente inundando as florestas costeiras do Maranhão.

A diferença entre a maré baixa e a maré alta chega a oito metros. Essa é uma das maiores variações de maré do planeta. Em uma Área de Preservação Ambiental (APA) de 26.800 km², que se estende da Baía de São Marcos até a Baía de Mutuoca, no extremo norte do Maranhão, acontecem essas mudanças de maré e rotas migratórias de aves.

O vai e vem da maré transforma a costa maranhense em um imenso banquete. É tanta fartura que pelo menos 16 espécies de aves de outros continentes vem para a costa maranhense se alimentar e refazer a plumagem.

Os maçaricos, por exemplo, viajam de dez a 12 mil quilômetros e deixam as regiões geladas do planeta em busca de alimento no calor dos trópicos. Após a temporada de descanso na costa do Maranhão, seguem viagem para a Patagônia, localizada na Argentina e no Chile, e só retornam na temporada de acasalamento para cumprir o ciclo reprodutivo.

A viagem entre os tópicos é sem escalas. Durante a permanência no Maranhão, os maçaricos convivem com espécies nativas do litoral nordestino em completa harmonia.

Nas praias de Porto Rico, que fica a 453 km de São Luís, as garças desfilam charme e elegância. Os guarás tingem as florestas de vermelho. As revoadas começam ao amanhecer e as aves cor de fogo passam o dia se alimentando ao redor dos manguezais. O bico longo serve como pinças para retirar o alimento do fundo do lamaçal.

Guarás utilizam manguezais mais isolados para fazer os ninhos e aproveitam os galhos mais altos para escapar da ação dos predadores (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Guarás utilizam manguezais mais isolados para fazer os ninhos e aproveitam os galhos mais altos para escapar da ação dos predadores (Foto: Reprodução/TV Mirante)

“O manguezal é berçário de várias espécies marinhas além de ser uma zona de equilíbrio entre a carga sedimentar que é transportada pelos rios até o litoral e também a hidrodinâmica das ondas que movimentam esse segmento ”, explicou o pesquisador Antônio Cordeiro.

Porto Rico, no norte do Estado, tem alguns dos maiores ninhais de guarás do Nordeste. Os guarás utilizam os manguezais mais isolados para fazer os ninhos e aproveitam os galhos mais altos para escapar da ação dos predadores. A reprodução dos guarás ocorre em colônias e vai de julho a setembro. Até lá os ninhos permanecem vazios, pelo menos até o pôr do sol, os guarás sempre voltam aos ninhais ao entardecer e enchem de cores as florestas do Maranhão.

Fonte: G1

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