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Projeto tenta descobrir novas espécies de peixes no Alto Pantanal

23 de dezembro de 2013
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Um projeto está realizando um inventário dos peixes da bacia do Alto Pantanal para descobrir novas espécies. O mapeamento das espécies servirá de alerta para a importância do Pantanal como berçário da fauna aquática do Sudeste, Sul e Centro Oeste.

O estudo de biodiversidade é uma parceria entre a Universidade Estadual do Mato Grosso (Unemat), projeto Bichos do Pantanal, e o Instituto Sustentar de Responsabilidade Socioambiental.

A primeira etapa vai realizar um amplo levantamento da diversidade de peixes da região, principalmente catalogar as espécies concentradas em Cáceres (218 km a oeste de Mato Grosso). “Em todo o Pantanal existem 269 espécies descritas. O foco de nosso estudo é descobrir quantas dessas espécies estão presentes na nossa área de estudo entre a Estação Ecológica Taiamã e a cidade de Cáceres”, diz Claumir Cesar Muniz, doutor em ictiofauna, pesquisador da Unemat e do projeto Bichos do Pantanal.

Para Muniz, o projeto vai fornecer respostas sobre a importância do ambiente do Alto Pantanal para a reprodução em todo o bioma. Segundo ele, o único estudo parecido realizado no rio Paraguai é executado pela Embrapa Pantanal, mas é focado na região do Mato Grosso do Sul, e não inclui a porção das cabeceiras e nem o Alto Paraguai, foco da pesquisa do projeto e importante área de reprodução e crescimento dos peixes.

A importância da flora para o ciclo de vida dos peixes é um dos dados já revelados pelo estudo, que vem sendo executado também em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (IcmBio) e da Estação Ecológica de Taiamã.

Segundo dados parciais do estudo, diversas espécies comerciais, como o pacu, a piraputanga, o pacu-peva, a sardinha e lambari, além de dependerem das frutas das árvores que margeiam os rios para sua alimentação, também executam um importante papel para a manutenção de toda área de mata ciliar do rio Paraguai. Diferente do que muitos acreditam, a atividade de pesca não foi apontada como o principal fator para a diminuição dos peixes. Segundo o projeto, o desmatamento das cabeceiras do rio Paraguai e o assoreamento foram revelados como as principais ameaças ao curso d’água pantaneiros.

Com informações do Diário de Cuiabá

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