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Moradores lembram de quando peixes podiam ser vistos no Rio São Domingos

10 de dezembro de 2013
2 min. de leitura
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Um mês depois do melaço de cana-de-açúcar atingir o rio São Domingos, no noroeste paulista, após um incêndio em um porto seco de Santa Adélia (SP), foi visto muita sujeira e desrespeito por um dos rios mais importantes da região.

Nascente do rio São Domingos brota água límpida e cristalina (Foto: Reprodução / TV Tem)
Nascente do rio São Domingos brota água límpida e cristalina (Foto: Reprodução / TV Tem)

São quase 100 quilômetros de extensão. O rio São Domingos corta seis cidades do noroeste paulista: Santa Adélia, Pindorama (SP), Catanduva (SP), Catiguá (SP), Tabapuã (SP) e Uchoa (SP). A nascente fica em uma fazenda em Santa Adélia, onde o acesso de pessoas é restrito. A mata ciliar permanece preservada e a água que brota da terra é cristalina, a vegetação bem verdinha, detalhes que tornam a paisagem ainda mais bonita.

A nascente tem cerca de cinco metros de profundidade e o nível está baixo por conta da falta de chuvas. A água é limpa e pura. De lá, a água segue num canal bem estreito e raso, onde peixes podem ser vistos. Cena que há pelo menos um mês não se poderia presenciar. Sobre a ponte, o sitiante Valdemar Matiolli observa uma cena que o entristece e traz preocupação. “A lembrança é doida. Quem conhecia antigamente, andava pela margem do rio, via os peixes e vê hoje, fica triste. Vai fazer o que? Quem pode fazer alguma coisa? Só se for as autoridades”, reclama Matiolli.

No mês passado, um incêndio atingiu um galpão de armazenamento de açúcar, em Santa Adélia. 30 mil toneladas do produto foram consumidas pelo fogo. Parte do melaço caiu no rio, poluiu a água e matou toneladas de peixes. A situação só começou a melhorar dias depois, com a chegada da chuva. Segundo ambientalistas, a tendência é que o rio volte a ser como antes. O problema, é que existem outros tipos de poluição que nem o tempo, muito menos a ajuda da natureza, conseguiram solucionar.

Com informações do G1

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