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Feira conscientiza sobre tutela responsável de animais

10 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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Uma feira de adoção de cães e gatos foi promovida na manhã do último sábado (07) no estacionamento do Pavilhão São Pedro, centro de Pato Branco. Organizada pela Prefeitura em parceria com a Associação Lima de Proteção aos Animais de Pato Branco (A.L.P.A.PB) e outras entidades, a feira pretendia encontrar um lar para alguns dos animais da associação, que trabalha no resgate e no acolhimento de animais vítimas de maus-tratos ou abandono.

Feira de adoção promovida na manhã do último sábado em Pato Branco (Foto: Divulgação)
Feira de adoção promovida na manhã do último sábado em Pato Branco (Foto: Divulgação)

Sua proposta principal, no entanto, era estimular a conscientização sobre a chamada posse responsável e informar sobre as consequências dos maus-tratos aos animais, previstas nas leis de proteção existentes nas esferas federal e estadual.

De acordo com a vice-presidente da A.L.P.A.PB, Tatiana Trevisan, ao adotar um animal doméstico o tutor assume a responsabilidade de garantir-lhe abrigo, alimentação e todos os cuidados veterinários, e por isso deve refletir antes de levá-lo para casa. “É preciso entender que um animal não é um brinquedo, que pode simplesmente ser descartado”, completa Tatiana.

Ela diz que os casos de maus-tratos e abandono não são raros em Pato Branco, o que condiz com o número de animais abrigados na associação, cerca de 190.

Apesar disso, Tatiana esclarece que a sede da associação não é um depósito de cachorros e gatos. “Nós não pegamos animais só por que o tutor simplesmente não o quer mais. Há quem nos procure querendo nos entregar um animal por que está mudando de casa”, completa.

Adoção

Adotar um dos animais da associação Lima é um processo criterioso. Tatiana explica que depois de escolher o seu preferido, o interessado precisa preencher um termo de adoção, com nome, endereço e outras informações. Voluntários farão uma visita à casa do candidato e só após a confirmação dos pré-requisitos o animal é entregue.

Os animais adotados possuem microship, equipamento comprado pela A.L.P.A.PB, que permite identificar o paradeiro do tutor caso o animal seja encontrado em situação de abandono. Eles também ganham uma coleira vermelha, símbolo da prevenção contra a raiva. A mobilização em torno da feira de adoção possibilitou o início do processo de adoção de pelo menos 12 animais.

Tatiana diz ainda que a Prefeitura de Pato Branco contribuiu com a vacinação e a castração de alguns dos animais da associação. O controle populacional de cães e gatos foi outro tema abordado pela feira.

Os números são expressivos. Segundo informações da entidade, um casal de animais pode gerar até 80 mil descendentes em um período de dez anos. “Isso mostra o quão importante é combater o abandono”, analisa Tatiana.

Candidatos

Basta ter um pingo de sensibilidade para pelo menos se comover com um animal doméstico sem lar. Mesmo já tendo um cachorro em casa, a estudante Isabela Pastorello estava tentada a levar um filhote de gato para casa. “Eu amo animais, me entristece saber que existem tantos abandonados”, comentou. A estudante Eduarda Bedin também já resgatou um cachorro abandonado. “O nome dela é Mel”, conta.

O abandono de animais de estimação não é um problema apenas do Brasil. A francesa Caroline Mastroianni, dona de dois gatos e um cão, que trabalhou como voluntária no evento, conta que não é comum ver cães perambulando pelas ruas de seu país, mas que apesar disso o abandono acontece. “É bastante comum nos períodos de férias, quando as pessoas saem para viajar e se desfazem dos animais”, relata.

Fonte: Diário do Sudoeste

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