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Ursos polares correm o risco de perderem seus habitats naturais

6 de dezembro de 2013
2 min. de leitura
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A exploração de petróleo e um tráfego marítimo maior no Ártico estão invadindo o habitat dos ursos polares, o que se soma aos riscos climáticos existentes, alertaram representantes de nações do Polo Norte em uma conferência celebrada em Moscou nesta quarta-feira (4).

“Hoje enfrentamos novos desafios diante do aumento do tráfego de navios e a exploração de petróleo e gás”, afirmou o ministro do Meio Ambiente do Canadá, Leona Aglukkaq, em um fórum internacional sobre a preservação do urso polar, organizado pelo Fundo Mundial da Natureza (WWF).

Estados Unidos, Canadá, Rússia, Groenlândia e Noruega detêm uma população global de ursos polares estimada entre 20.000 e 25.000 animais.

Mas a crescente atividade econômica nesta região ambientalmente sensível e as emissões de gases de efeito estufa estão acelerando o degelo, ameaçando as espécies, prosseguiu o fórum.

Os ursos polares dependem da cobertura de gelo para caçar focas, seu principal alimento.

A mudança de habitat, com a perda de gelo e de permafrost (solo permanentemente congelado), também afeta a construção de tocas pelas fêmeas, onde no futuro as mamães ursas vão entrar para hibernar após terem se alimentado fartamente.

“Estamos realmente preocupados com o desenvolvimento da passagem norte e a exploração de hidrocarbonetos”, declarou Sergei Kavry, integrante da Associação de Povos Nativos do Norte, da Sibéria e do Extremo oriente, coletivo guarda-chuva de grupos étnicos aborígines russos.

A Rússia tem voltado sua atenção cada vez mais para a região, e recentemente o presidente russo, Vladimir Putin, referiu-se à região como uma área que marca uma “era de inovação industrial”, publicamente repreendendo um professor russo que aventou a ideia de que o Ártico deveria ser posto sob jurisdição internacional.

“Nós precisamos desenvolver (o Ártico)”, disse Putin na terça-feira, discursando para estudantes em Moscou.

A gigante estatal do gás Gazprom já lançou a exploração de petróleo no Ártico, para o assombro de ativistas ambientais que afirmam que os produtores de energia não podem conter ou adequadamente limpar vazamentos no clima extremo.

Fonte: Terra Notícias

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