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Homem afoga e esfola gatos e cães vivos em Isla Cristina

5 de novembro de 2013
4 min. de leitura
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Por Loren Claire Canales (da Redação – Portugal)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Os animais do município de Isla Cristina, na Espanha, correm perigo com a presença de um morador que os tortura e os joga nas casas dos vizinhos. As últimas semanas foram dedicadas a recolher o máximo de assinaturas visando evitar que a matança continue. As informações são do Andalucia Información.

“Estamos recolhendo assinaturas para ajudar os vizinhos da rua Diego Pérez Milá para que se faça justiça a ‘El Polo’, vizinho que tem atemorizado e ameaçado todos os moradores da rua. Atua de forma violenta, com armas brancas e paus, maltrata e assassina os animais que caem em suas mãos. Nos ajude!”

Com este texto um grupo de vizinhos e comerciantes da cidade começou esta semana uma campanha baseada inicialmente na recolha de assinaturas para ajudar os vizinhos da rua Diego Pérez Milá, que estão atravessando há vários anos um verdadeiro calvário, e nas últimas semanas adquiriu tons autenticamente truculentos.

O motivo é um vizinho, apelidado de “El Polo” que, segundo os vizinhos, sofre de problemas mentais e está habitualmente sob os efeitos do álcool, mantém em alerta toda a vizinhança a base de ameaças “totalmente indiscriminadas”, em algumas ocasiões até com o uso de armas brancas como facas ou paus. No início eram verdadeiros “espetáculos” na rua, garante a sua vizinha da frente, María del Carmen Aguilera.

Para além destes acontecimentos, “El Polo” tem torturado e assassinado cães e gatos abandonados desde o verão do ano passado, com práticas cruéis como o afogamento e esfolamento, para posteriormente jogar os animais mortos e eviscerados nas casas dos vizinhos.

Ele também mutila os animais vivos com facas, afirmam os vizinhos, “como foi o caso de uma cachorra que teve o rabo cortado e que depois de conseguir escapar, teve que ser socorrida e adotada”, afirma Aguilera.

“A situação é insustentável – afirmam -, e é por isso que começamos uma campanha de recolha de assinaturas que ainda não sabemos a quem entregar, mas que esperamos que graças a ela alguém faça algo”. E segundo os vizinhos, depois de denunciarem inúmeras vezes, tanto na policia local como no posto da Guarda Civil de Isla, “parece que ninguém quer fazer nada e quando os agentes nos viram chegar, ainda nos perguntaram para onde iríamos, pois éramos muitos. Nós respondemos que já que as denúncias realizadas individualmente não serviam para nada, viemos todos para fazer uma denúncia coletiva”. Mas garante que até o momento esta denúncia também não serviu para nada.

Marcial Rodríguez, que gerencia uma loja de ferragens em Isla e que participa da campanha de recolha de assinaturas garante que o que está acontecendo é “horroroso”. E segundo ele, “nós, que temos amor aos animais, não podemos permitir que essas coisas aconteçam e temos que fazer alguma coisa”. Ao seu ver, “El Polo” deveria ser internado em algum lugar porque “as barbaridades que ele comete com os animais têm deixado todos os vizinhos aterrorizados”.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Esta situação causou tanta agitação que uma ONG de proteção animal de caráter local e com sede em Ayamonte, a Protetora de Animais e Plantas de Ayamonte (Protectora de Animales y Plantas de Ayamonte), já denunciou a situação várias vezes perante as autoridades. Segundo uma das voluntárias, Mercedes Natera, que reside em Isla Cristina, “El Polo” “vive em condições sub-humanas, sem luz nem água, com ratos passeando por sua casa”. Mas para esta jovem o pior, além do temor entre os vizinhos, é o maltrato animal. Segundo relata “ele dá pauladas e chicotadas nos animais em plena rua, além de matá-los ou mutilá-los vivos com machados e facas de maneira sádica”.

É por esse motivo que a ONG se juntou aos vizinhos e já submeteu várias denúncias perante a Guarda Civil. No entanto, lamenta, “Nos deixa indignados o comportamento da Guarda Civil de Isla Cristina, que não faz absolutamente nada apesar de estarmos falando claramente da comissão de delitos por parte desta pessoa segundo a Lei de Proteção Animal Andaluz”.

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