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ONG recolhe cerca de 60 animais por mês das ruas de Petrolina (PE)

29 de novembro de 2013
3 min. de leitura
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A SRD, Pietra, recebe o carinho da nova tutora, Elane (Foto: Amanda Franco/G1)
A SRD, Pietra, recebe o carinho da nova tutora, Elane (Foto: Amanda Franco/G1)

Pietra, de 5 anos, tem dificuldade para se locomover e problemas de visão. Abandonada e encontrada machucada no meio da rua em Petrolina, foi levada para uma ONG para tratar dos ferimentos. Poucos dias depois, ganhou um novo lar.

A SRD é apenas uma dentre os animais que a ONG Proteger recolhe das ruas todos os dias. Por mês, cerca de 60 bichos são levados para a sede da instituição, no bairro Vila Eduardo. O objetivo é encontrar uma nova casa para os cachorros e gatos vítimas de maus-tratos e abandono.

Mais de 600 animais já foram adotados após o trabalho desenvolvido pelos voluntários da ONG desde sua fundação, há um ano e meio.

Pietra foi acolhida pela técnica administrativa Elane Barreto, de 54 anos, que tem em sua casa mais seis cachorros e 22 gatos. “São todos filhos de quatro patas”, afirma. “A Pietra é muito tranquila, muito dócil.”

Casada há 25 anos com o vendedor João Bosco da Silva, de 56 anos, ela diz que os dois sempre tiveram o sonho de fundar uma entidade de proteção animal. Com o advento da Proteger, acabaram se tornando voluntários.

Atualmente são 50 pessoas auxiliando nos resgates e nos eventos realizados pela instituição para arrecadar recursos que ajudem a manter os custos da Proteger. A maior parte do dinheiro é viabilizada por meio das redes sociais.

Uma feirinha de adoção é realizada todos os meses com os animais recolhidos das ruas. Hoje são mais de cem bichos, entre cães e gatos, à espera de um lar. Na feira, os futuros tutores precisam passar por um longo processo, entre entrevista e adequação do perfil do animal e do adotante.

Agressões

O que preocupa a entidade é a alta no número de agressões contra animais na região, segundo a advogada da Proteger, Elis Cristina Almeida da Silva. “Agredir um animal é crime que vai de três meses a um ano e meio de prisão, mas geralmente a punição é transformada em prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa, em média um salário mínimo”, afirma Elis, que diz que a legislação acaba favorecendo os agressores.

“As denúncias de agressão que a ONG recebe são averiguadas. Se forem comprovados os maus-tratos, através de exames veterinários, o tutor poderá responder a processo, já que a Proteger faz a denúncia ao Ministério Público.”

A presidente da Proteger, Nara Cunha, diz, no entanto, que o principal problema enfrentado é a falta de apoio das instituições. “A entidade precisa de parcerias, por exemplo, do governo municipal e da Polícia Militar. A ONG, em muitos casos, necessita de uma autoridade para atender as denúncias. Para isso, é preciso essa cobertura”, diz.

O assessor de comunicação do 5º Batalhão da Polícia Militar de Petrolina, capitão Marcos Costa, diz que todas as solicitações de auxílio feitas pela Proteger são atendidas. Já o diretor-presidente da Agência Municipal de Vigilância Sanitária, Jarbas Costa, afirma que o município está disponível para formar parcerias com a instituição.

Fonte: G1

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