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Com morte misteriosa de capivaras, animais podem ser retirados do Lago da Pampulha

26 de novembro de 2013
2 min. de leitura
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A morte de três capivaras na manhã de ontem acende discussão sobre a retirada dos animais da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. A prefeitura decide hoje se vai dispensar licitação e, em caráter de urgência, contratar empresas para resolver o problema sem concorrência. As escolhidas vão elaborar plano de manejo e providenciar a remoção dos roedores da orla – atualmente, o número é estimado em 250 bichos. De acordo com o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, a rapidez se justifica por causa de casos suspeitos de febre maculosa na região, além do risco à segurança no trânsito e ameaça aos jardins de Burle Marx.

Ainda não se sabe a razão da morte das capivaras. Elas foram encontradas próximas ao meio-fio, na orla da lagoa, perto da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no Bairro Braúnas. “Elas estavam com sangue escorrendo pelo nariz, orelha e boca”, conta Hamilton Latorre, funcionário de manutenção da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).

Prevenção

Presidente da Associação Amigos da Pampulha (Apam), Flávio Marcus Ribeiro de Campos afirma que a retirada não é consenso entre os moradores da região. “Alguns dizem que elas são bem-vindas, pois estão aqui há muito tempo e não amolam. Outros temem a febre maculosa”, diz. Já o Movimento Mineiro pelos Direitos Animais é categórico quanto à permanência dos bichos. “Esses animais são as vítimas da degradação no entorno de BH”, afirma Adriana Cristina Araújo, uma das integrantes do movimento.

A entidade defende a castração, a colocação de microchips, a identificação e o manejo sustentável das capivaras. “É preciso prevenir a questão da febre maculosa com o controle dos animais e do carrapato estrela. Nosso receio é que, ao serem retirados, os animais sejam encaminhados para abatedores por causa do alto valor de carnes exóticas”, diz Adriana, que cita exemplos de cidades que conseguiram conviver bem com o animal em meio urbano. “O Chuí, no Rio Grande do Sul, e Blumenau, em Santa Catarina, mantiveram as capivaras.”

 Alta reprodução

A capivara é o maior roedor do mundo, medindo até 1,30m de comprimento e 0,60m de altura. Pode chegar a 100kg, mas seu peso médio é de 50kg para fêmeas e 60kg para machos. Vivem normalmente em grupos de dois a 30 indivíduos, em que há sempre um casal dominante.

Herbívoro, o animal consome de três a quatro quilos de vegetação fresca por dia. Reproduz-se a partir dos dois anos. O período de gestação varia de 120 a 140 dias, ao fim dos quais uma fêmea adulta pode ter de dois a seis filhotes, e mais de uma cria por ano.

Fonte: Em

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