EnglishEspañolPortuguês

Connecticut modifica legislação para proibir venda de cães e gatos

22 de novembro de 2013
4 min. de leitura
A-
A+

Por Natália Prieto (da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Defensores dos animais estão próximos de conseguir uma grande vitória em Connecticut, que deverá modificar sua legislação para proibir a venda de cães e gatos de criadores em todo o estado.

A legislação, apesar de ser importante e representar um passo adiante na criminalização da venda de animais, proibirá a comercialização de cães e gatos a menos que eles venham de uma unidade de controle animal, abrigo, ou organização de resgate, mas uma força-tarefa bipartidária vai estudar as origens de cães e gatos que são trazidos para o estado por lojas de animais e fazer recomendações para a próxima sessão legislativa. É importante dizer que nenhuma forma deste comércio pode ser aceita em uma sociedade moderna, afinal, animais não são mercadorias para negociação entre pessoas. A legislação ainda deixa, então, um ponto em aberto para a luta dos direitos animais, que se refere ao banimento completo da comercialização de animais.

Em audiência realizada na semana retrasada, os proprietários das pet shops argumentaram que eles procuram cães de bons criadores, que sejam regulamentados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), e que este tipo de legislação os colocaria fora desse negócio. No entanto, alguns lojistas acreditam que as pessoas têm o direito de comprar um cão proveniente de qualquer lugar e que esta é uma conspiração que impedirá as pessoas de ter animais em casa, o que não é plausível, já que milhares de cães podem ser adotados em diversos abrigos espalhados pelo país.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Os defensores dos animais não veem a situação dessa forma e estão pressionando as pet shops em todo o estado para que as mesmas deixem de incentivar essa “fábrica de filhotes” e adotem modelos de negócios mais humanos, como uma série de pequenas e grandes lojas nos EUA já fizeram, incluindo a Petco e PetSmart.

A Aliança de Pet Shops Humanitários ligou para as lojas do estado para saber mais sobre os criadores desses bichos e solicitou mostra de imagens gráficas das instalações para serem avaliadas pelo USDA.

Em 2009, o estado começou a exigir que lojas de animais fornecessem informações sobre a origem dos animais ao Ministério da Agricultura, o que tornou possível traçar um perfil das “fábricas de filhotes”. De acordo com a Aliança, dos 16 pet shops que vendem cães no estado, 13 deles, sem dúvida, obtêm os animais dessas ‘fábricas’. O restante obtêm os cães de criadores dentro do estado, o que não representa uma situação melhor, pois nenhum amante de animais deveria vendê-los.

Algumas lojas falsamente tranquilizam os clientes dizendo que seus cachorros vêm de criadores licenciados, que por muitas vezes deixam os animais sem cuidados básicos e forçam as fêmeas a produzir ninhadas de filhotes até que seus corpos estejam completamente exaustos. O Serviço de Inspeção da Saúde Animal do USDA também comprovou ser totalmente inadequada a situação dos criadores.

Enquanto isso, os consumidores continuam levando para casa cães doentes de pet shops, que passarão por muitos cuidados veterinários, se não morrerem logo depois, ao mesmo tempo em que milhares de outros animais disponíveis para adoção continuarão a ser desnecessariamente sacrificados por falta de um lar.

“Nosso objetivo não é acabar com o negócio da pet shop”, disse Amy Harrell, presidente da Connecticut Votos for Animals. “Nós estamos simplesmente pedindo que as lojas trabalhem com um modelo de negócio que se baseie na adoção e salvamento, e não na perpetuação da indústria exploradora de ‘fábricas de filhotes'”.

As lojas que já fizeram esse tipo de mudança têm demonstrado que isso realmente funciona, enquanto as outras querem provar que podem operar com sucesso dessa maneira.

Petição

Por favor, assine e compartilhe a petição pedindo que os legisladores de Connecticut proíbam a venda de cães e gatos.

Nota da Redação: Qualquer forma de comércio de animais deve ser banida. Animais não são mercadorias e, portanto, não devem ser tratados como tal. Comercializá-los é uma prova do especismo existente em nossa sociedade, do status supostamente inferior que os animais não humanos têm em relação aos animais humanos. 

Você viu?

Ir para o topo