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Gatos serão expostos como se fossem objetos em evento em São Paulo

21 de novembro de 2013
2 min. de leitura
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Por Robson Fernando de Souza (da Redação)

Gatos são expostos como se fossem peças de museu em evento em São Paulo. Foto: André Hanni/Divulgação/PremieR pet
Gatos são expostos como se fossem peças de museu em evento em São Paulo. Foto: André Hanni/Divulgação/PremieR pet

Uma literal exposição de gatos será realizada no próximo fim de semana em São Paulo, mais especificamente na Sociedade Hispano-Brasileira, no bairro do Ipiranga. O autointitulado Clube Brasileiro do Gato irá expor cerca de 250 animais “de raça”, trazidos por “criadores” comerciais, sendo os gatos tratados como se fossem peças de museu.

O evento, de acordo com o site do Clube Brasileiro do Gato, também deverá incluir venda de gatos com pelo menos três meses de idade. Considerando-se que a entidade representa “criadores” comerciais e promoverá a comercialização de animais, não é esperado que se defenda a adoção.

Além disso, haverá, ao final de cada dia de exposição, “julgamentos” para de decidir qual é o “melhor” gato exposto de cada raça. Em outras palavras, os gatos a serem expostos não parecerão ter qualquer valor fora o estético e o econômico-lucrativo.

O tratamento de animais não humanos como objetos comercializáveis, em eventos como esse, é cada vez mais reconhecido como absurdo, assim como a apologia à comercialização e tratamento deles como posse. E há o agravante de que essa maneira de se ver os gatos é diretamente relacionada ao abandono de muitos animais que, depois de terem sido “adquiridos” como se fossem brinquedos, “perdem a serventia” para aqueles tutores que se dizem seus “donos”. Afinal, tratar um animal como objeto implica a possibilidade de descartá-lo como lixo, como rejeito.

Eventos como esse precisam ser questionados pelos defensores dos direitos animais, de modo que seja desmoralizada essa cultura de objetificar e comercializar animais e ela seja substituída integralmente pela adoção e pelo tratamento dos animais domésticos como pessoas não humanas ao invés de bens sob propriedade de alguém.

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