EnglishEspañolPortuguês

Animais desabrigados após incêndio são cuidados por adestrador no Amapá

11 de novembro de 2013
2 min. de leitura
A-
A+
Cães e gatos foram resgatados durante incêndio em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Cães e gatos foram resgatados durante incêndio
em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)

O incêndio de grande proporção que destruiu 250 casas e deixou mais de 700 desabrigados no bairro Perpétuo Socorro, Zona Leste de Macapá, também deixou sem lar dezenas de animais domésticos, que foram esquecidos ou abandonados pelos tutores no momento da tragédia. A maioria desses animais, cães e gatos, foi resgatada e recebe tratamento dispensado pelo adestrador Luiz Lobo, dono de um abrigo na capital que intermedeia adoção de animais.

Lobo conta que no momento do incêndio, enquanto ajudava as vítimas, também dedicou-se a salvar os bichos. Segundo o adestrador, alguns escaparam do fogo sem ferimentos, outros foram atingidos e tiveram parte do corpo queimada.

Cão foi encontrado caminhando nas cinzas após o incêndio em Macapá (Foto: Reprodução/Tv Amapá)
Cão foi encontrado caminhando nas cinzas após o
incêndio em Macapá (Foto: Reprodução/Tv Amapá)

“Assim como as pessoas, os animais também estavam assustados e muitos ainda estão traumatizados. Os que resgatei, no mesmo dia coloquei no meu carro e trouxe para o abrigo, para os tutores buscarem depois”, acrescentou Lobo, que diz ter abrigado 36 animais.

O adestrador cita o caso de um cão que teve a pelagem quase toda queimada e foi encontrado algumas horas após o incêndio, caminhando entre as cinzas. “Era por volta de 2h, e ouvi um barulho de longe no local escuro onde ocorreu o fogo, pensei que era um saco plástico, e vi ele andando devagar no meio das cinzas. Pedi a autorização de um policial para retirá-lo de lá, e até hoje ele tem um olhar triste”, conta.

Adestrador Luiz Lobo com cães regatados após o incêndio em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Adestrador Luiz Lobo com cães resgatados após o incêndio em Macapá
(Foto: John Pacheco/G1)

Lobo informou que passados mais de 15 dias desde a tragédia, ninguém procurou o abrigo para retirar o seu bicho domésticos. A justificativa compreendida pelo adestrador é a de que pelo fato de terem perdido a casa, não haveria mais condições de cuidar dos animais. Então, todos foram colocados para adoção, já que o responsável pelo abrigo diz não ter condições para permanecer com os cães e gatos por muito tempo. Dos 36 bichos, 12 já foram adotados.

“Embora eu quisesse ficar com todos, as condições do abrigo não permitem. Além disso preciso de doações de alimentos e remédios e principalmente de voluntários para cuidar deles junto comigo”, explicou Lobo, que conta com a ajuda de apenas uma amiga para tratar dos animais.

Fonte: G1

Você viu?

Ir para o topo