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Nascida em batalhão do Exército em Roraima, onça-pintada irá para ONG em São Paulo

8 de novembro de 2013
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A onça-pintada Romeu, de 7 anos, que vive em cativeiro desde que nasceu no 7º BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), no município de Normandia (187 km de Boa Vista), finalmente vai ganhar um novo lar no próximo sábado (9). Após um ano de espera, Romeu foi adotado pela Associação Mata Ciliar, que possui um santuário ecológico em Jundiaí (58 km de São Paulo).

Segundo a Mata Ciliar, o animal será transportado pela TAM, sem custos para a ONG, de Boa Vista até Guarulhos (Grande São Paulo), de onde seguirá para Jundiaí em um caminhão da CCR AutoBAn, em uma operação que durará pelo menos dez horas de viagem.

A viagem de Romeu será acompanhada por duas pessoas da associação, sendo um veterinário, que ganharam passagem e hospedagem da Tetra Pak. Não se sabe ainda se Romeu será sedado.

Romeu será transportado no bagageiro do avião em uma caixa produzida especialmente para ele, que foi custeada por meio de doações.

A viagem de Roraima até São Paulo começará às 16h desta sexta-feira (8), quando Romeu será transportado em um caminhão da cidade de Normandia até Boa Vista, onde aguardará o voo para São Paulo, que sairá às 4h da manhã do sábado (9). A estimativa é que Romeu chegue a capital paulista às 11h30, de onde seguirá de caminhão até Jundiaí.

Romeu viverá no mesmo santuário que o leão Juba, resgatado no Ceará, mora desde junho de 2012.

O recinto da Mata Ciliar onde Romeu ficará por enquanto será só dele. Talvez no futuro ele ganhe uma companheira.

Há cerca de um ano, o Exército não renovou a licença de criadouro no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e todos os animais que lá viviam foram destinados a zoológicos ou criadouros, menos Romeu.

Apesar de não está mais regularizado, o BIS continuou cuidado de Romeu porque o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama, que é responsável por destinar os animais, não conseguiu nenhum local regular que tivesse como abrigar a onça pintada, já que o recinto deve ter especificações mínimas do ponto de vista de tamanho e segurança.

“Temos um recinto onde Romeu poderá viver seguro e tranquilo. Levamos alguns meses para tomar todas as providências necessárias para recebê-lo. É um resgate complexo já que é um animal silvestre adulto”, disse a colaboradora da Mata Ciliar Célia Frattini. Ela é uma das administradoras da página “Leão Simba Também Precisa de Você”, página que viabilizou o resgate do leão Juba.

Juba

Com um ano e cinco meses que mudou de casa, o leão Juba, 24, está totalmente adaptado no recinto que ganhou na Mata Ciliar. O canto dos passarinhos e o barulho da mata fez Juba ficar mais tranquilo e dorminhoco.

“Juba está bem. Tranquilo e dorminhoco como sempre. É um custo fazer ele se levantar um pouco. Ele até precisaria fazer um exercício, afinal já é um senhorzinho, mas quem faz ele fazer alguma coisa?”, disse Frattini.

Segundo tratadores do leão, o animal se alimenta bem e come cinco quilos de carne por dia. Nesse período, o leão aprendeu a se abrigar da chuva ou frio e tem os cantinhos preferidos no recinto.

A Associação Mata Ciliar mantém o Centro Brasileiro para Conservação de Felinos Neotropicais (Centro de Felinos Selvagens) que implementa estratégias para a conservação das oito espécies de felinos existentes no Brasil.

O local, segundo Frattini, é um centro de referência internacional, fornecendo subsídios para diversas pesquisas, tanto em cativeiro como em vida livre.

Fonte: Boa Informação

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