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Guadalajara se prepara para abolir circos com animais

8 de novembro de 2013
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Por Loren Claire Canales (da Redação – Portugal)

A proposta do vereador Caro Cabrera assinala que “os circos usam e abusam dos animais”.
A proposta do vereador Caro Cabrera assinala que “os circos usam e abusam dos animais”.

A cidade de Guadalajara poderá seguir o exemplo traçado por Zapopan e proibir a exploração de animais em circos em todo seu território. Esta vitória em prol dos animais só depende da aprovação do coordenador do partido Movimento Cidadão (Movimiento Ciudadano), Salvador Caro Cabrera. As informações são do Informador.

“Não podemos educar as nossas crianças na crueldade”, disse o vereador, acompanhado por Mónica Lepe, integrante da ONG Igualdad Animal, e que expuseram o conteúdo da iniciativa durante a última sessão plenária, que reformaria o Regulamento para os Espetáculos do município, que diz:

“Está proibido em todo o território nacional o estabelecimento em caráter temporal ou permanente de espetáculos circenses ou similares, que ofereçam e utilizem com fins comerciais, benéficos ou didáticos, seja como atrativo principal ou secundário, a exploração, exposição, exibição e participação de animais de qualquer que seja a sua espécie”.

Sustentam a proposta afirmando que o adestramento dos animais dos circos, assim como seu transporte e manutenção nas jaulas, implicam formas de maus-tratos que devem ser abolidas, e que não estão justificadas para a diversão do público.

Zapopan foi o primeiro município do país a proibir os circos com animais em Junho de 2012. Logo depois, Xalapa, no estado de Veracruz, deu um passo mais ao proibir este tipo de evento, as corridas de touros e rinhas de galos em Março de 2013.

Hipopótamo é explorado em ‘espetáculo’ do Circo do Chaves, em Guadalajara, no México. (Foto: Reinaldo Marques / Terra)
Hipopótamo é explorado em ‘espetáculo’ do Circo do Chaves, em Guadalajara, no México. (Foto: Reinaldo Marques / Terra)

A proposta do vereador diz: “As práticas circenses que envolvem o uso de animais forçosamente requerem que os direitos de tais animais sejam violentados e ignorados (…) Os animais não fazem os truques porque gostam ou porque recebem alguma recompensa, e sim pelo medo dos castigos corporais que lhes infligem. Neste sentido, é totalmente válido afirmar que os circos usam e abusam dos animais, que passam fome, humilhação, maltrato, privação de liberdade e, sobretudo, muito sofrimento. Os circos ensinam a pior atitude possível a ter com os animais, ao despojá-los de sua dignidade e acabar lentamente com suas vidas só por diversão, ganância e lucro”.

Um ponto que é destacado dentro da iniciativa é que em 1974, o México assinou a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, cujo décimo artigo, diz o documento, estabelece que “nenhum animal deve ser utilizado para entretenimento humano e que as exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal”.

Caro Cabrera já apresentou outras iniciativas direcionadas à proteção dos animais e a promoção e entendimento destas noções. Por exemplo, a que proíbe o acesso de menores de idade às corridas de touros, o encerramento da Academia Municipal Taurina de Guadalajara e o cancelamento dos fundos municipais para essa atividade e a exclusão conceitual das corridas de touros das ações culturais empreendidas pelo Município de Guadalajara.

Já Mónica Lepe comemora a promoção destes projetos de reforma no Município de Guadalajara, e mencionou que são mortos aproximadamente 100 toneladas de cães e gatos por mês nos canis municipais.

O artigo que será incluído na regulamentação também assinala que “a violação desta disposição conduzirá a aplicação da sanção correspondente, e ao fechamento imediato do circo. O Município, junto as autoridades competentes, poderá ordenar a proteção preventiva dos animais para mantê-los sob custódia”.

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