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Mutirão tenta reduzir morte de animais no Taim (RS)

25 de outubro de 2013
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Instituto contabiliza mais de duas capivaras mortas por dia (Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS)
Instituto contabiliza mais de duas capivaras mortas por dia
(Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS)

Ao mesmo tempo em que se debate a ampliação da Estação Ecológica do Taim, a preocupação de moradores e administradores da reserva é a mesma de quase uma década: as mortes de animais por atropelamento. Sem telas na rodovia Rio Grande-Santa Vitória do Palmar (BR-471), às margens do local, o número de acidentes cresceu. Na quarta-feira, um grupo foi ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) cobrar solução.

A reunião foi pedida pela Associação dos Pecuaristas, Orizicultores, Comerciantes e Moradores do Curral Alto e Taim de Santa Vitória do Palmar (Amcata) e teve intermediação da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia, coordenada pelos deputados do PSDB Adílson Troca e Pedro Pereira. O encontro na sede do órgão, à tarde, apontou para três saídas.

A primeira é a celeridade na recolocação das proteções. Em 2002, o telamento existente foi derrubado por uma enchente. A empresa Gerdau, então, doou 10 quilômetros de telas, mas o material ficou uma década encostado na sede administrativa da Estação, sem ser utilizado. Com o tempo, a vegetação cresceu e atrapalhou ainda mais a instalação. Resultado: orçada em R$ 1,45 milhão, a obra só começou, de fato, em 2011 – e não foi completada.

Sem a proteção, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), administrador da reserva, chegou a contabilizar 738 mortes de animais em apenas um ano.

Como segunda medida, a Amcata sugeriu que o Dnit instale radares inteligentes na entrada e na saída da estação. Assim, quando um carro cruzasse os aparelhos, teria a placa capturada e, caso levasse menos tempo do que o necessário para cruzar os 17 quilômetros dentro da velocidade indicada, seria multado.

Já o terceiro pedido é que a Polícia Rodoviária Federal atue 24 horas por dia na região, punindo os motoristas que descumprirem os limites de velocidade. A necessidade de ampliação no horário de fiscalização é em decorrência do aumento do trânsito.

“Nossa preocupação é com os animais e também com as pessoas. Cada capivara morta na estrada significa que alguém se acidentou”,  comenta o presidente da Amcata, Raul Cesar Cavedon.

Fonte: Zero Hora

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