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Ilha está lotada de gatos após cortes drásticos nos programas de castração

3 de setembro de 2013
2 min. de leitura
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Por Danusia Alves (da Redação)

Gatos em um abrigo do Chipre. (Foto: Divulgação)
Gatos em um abrigo do Chipre. (Foto: Divulgação)

A população de gatos em situação de rua no Chipre está fora de controle depois que uma grave crise econômica atingiu as ilhas Mediterrâneas, o que cortou drasticamente o financiamento, nos últimos dois anos, da esterilização de animais abandonados.

De acordo com uma matéria no Cyprus Mail, a situação está piorando pois os gatos são famosos por sua ‘fertilidade’: uma fêmea de gato pode dar à luz a até 8 gatinhos, três vezes ao ano, e com o fim dos programas de castração na capital Nicosia, assim como em cidades ao longo da costa como Larnaca, Limassol, Paphos, Aya Napa e Potaras, há o risco destes lugares serem invadidos por gatos.

Além dos problemas relacionados à higiene e aos barulhos que eles fazem à noite, ativistas pelos direitos dos animais da região estão preocupados com o número alto de envenenamento e crueldade contra os gatos.

“Esterilização e castração são a única maneira de evitar que o problema piore”, disse o presidente da Associação para Prevenção de Crueldade contra Animais do Chipre, Toula Poyadji.

Até 2011, o Ministério da Agricultura destinava um fundo para serviços veterinários de esterilização e castração de animais. Um funcionário do Ministério, que pediu para não ser identificado, disse que o governo alocou 17 mil euros de 2006 a 2007. A quantia subiu para 34 mil euros em 2008 e 2009 e depois aumentou para 50 mil euros em 2010 e 2011. “Infelizmente, devido à crise, estes fundos foram cortados. O Ministério ainda recebe sugestões de possíveis soluções, mas desconsidera todas”, disse o funcionário. Com o dinheiro, as autoridades eram capazes de castrar 1700 felinos mas a população crescia mesmo assim.

Outros grupos de direitos de animais começaram seus próprios programas de esterilização e pediram a ajuda de veterinários e do governo, mas até agora seus pedidos não foram atendidos.

“Pedimos a eles para castrarem os gatos pela metade do preço, durante agosto e dezembro, que é quando os gatos prociram, mas nossa ideia não foi bem-vinda”, disse Toula Poyadji, lembrando que a Associação, nos últimos 10 anos, ajudou muitas pessoas a castrar seus gatos, pagando parte do preço da operação.

Enquanto isso, o número crescente de gatos também coloca pressão nos abrigos, como o abrigo perto do monastério de Ayios Neophytos, no qual cerca de 200 gatos são tratados, apesar deste número aumentar a cada dia.

Nos últimos 4 meses, 100 filhotes foram abandonados lá, afirmou Dawn Foote, que é voluntária há dois anos no abrigo, juntamente com o marido Mark.

“O problema é que as pessoas não têm mais dinheiro para sobreviverem até o fim do mês, então eles não podem cuidar de seus gatos, muito menos castrá-los”, afirma.

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