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Golfinhos encalharam e morreram em Madagascar devido ao uso de sonar

27 de setembro de 2013
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Um painel independente de cientistas concluiu que o estudo sísmico levado a cabo pela Exxon Mobil no final de maio 2008 levou ao súbido desaparecimento de golfinhos cabeça-de-melão, que ficaram encalhados e morreram.

“Esta é a primeira vez que mamíferos marinhos encalham de forma massiva num fenómeno intimamente associado a sonares de alta frequência”, escrevem os especialistas no relatório divulgado pela Comissão Baleeira Internacional, admitindo, no entanto, que eventos anteriores não foram detetados porque não teriam sido realizados estudos sobre eles.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Os sonares usados em 2008 produzem sons poderosos que desorientam os animais.

Contactado pela France Presse, um porta-voz do gigante petrolífero norte-americano disse que o relatório prova que também ainda há muita incerteza e faltam dados para perceber o que levou ao encalhamento dos golfinhos.

Já a Oceana, uma organização internacional que trabalha para a conservação dos oceanos, saudou em comunicado o relatório, afirmando que pela primeira vez se estabelece uma ligação direta entre o uso de sonares e a morte de animais marinhos.

A organização disse que o Governo dos Estados Unidos planeia permitir o uso de um sistema semelhante, ainda mais poderoso, ao longo da costa leste dos Estados Unidos, do Delaware até à Florida, com vista à exploração de petróleo.

O departamento do Interior dos Estados Unidos, responsável pela gestão dos recursos naturais, estimou em 2012 que os sonares de cartografia de alta frequência têm efeitos negativos sobre os animais marinhos e que podem causar ferimentos ou morte.

O governo pediu a interdição destes sonares em determinadas áreas durante o período de reprodução.

*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Fonte: RTP Notícias

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