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Tribunal decide que macaco Darwin não será devolvido à tutora

23 de setembro de 2013
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O macaco Darwin, que foi visto vagando sozinho no estacionamento de uma loja  em Toronto (Canadá) no final do ano passado não será devolvido à sua tutora, de acordo com recente decisão de um tribunal canadense. As informações são da Care2.

Para quem não soube ou não se lembra da história, em dezembro de 2012 Darwin escapou de uma gaiola fechada que estava dentro de um carro. Ele usava um casaco e fraldas, e foi encontrado no estacionamento da loja Ikea. Pessoas que o avistaram tentaram capturá-lo e chamaram a polícia. O caso fez sucesso nas redes sociais e Darwin, na ocasião, foi encaminhado a um abrigo de animais.

A Juíza Mary Vallee do Tribunal de Ontario decidiu que, uma vez que o macaco empreendeu a sua fuga, a sua tutora Yasmin Nakhuda não teria mais nenhum direito a reivindicar a tutela do animal. Darwin é um “animal selvagem”, e isso motivou a decisão da Juíza:

“A Lei estabelece que a natureza de um animal, mais do que o modo como ele é tratado, determina se ele é selvagem”, escreveu Vallee em sua decisão.

“O macaco vivia na casa da Sra Yasmin. Ele usava roupas e sabe-se que dormia na cama da tutora. Essas tentativas de domesticação foram impostas a ele”.

Tentativas podem ter sido feitas, mas realmente não funcionaram. Darwin mordia as pessoas e tinha que usar uma fralda pois não pode ser treinado para usar o banheiro sozinho. Mesmo que ele usasse roupas, é definitivamente um animal selvagem. De acordo com a lei, um animal selvagem só é considerado sob tutela de alguém enquanto estiver em junto a essa pessoa.

Pode parecer uma decisão severa, uma vez que Darwin viveu com a tutora Yasmin por muitos meses. O problema, no entanto, é que Darwin não é um cão, um gato ou outro animal de espécie que já foi amplamente domesticada. É muito importante que o tutor de um animal como ele esteja no controle, segundo Vallee.

Na decisão emitida pela Juíza, ela dizia que “abrigar animais selvagens em uma casa exige alto custo de segurança por parte dos tutores”, e que animais selvagens, principalmente os exóticos, podem ser perigosos para o público.

O macaco, escreveu a Juíza, “é uma peça de alienação”. O caso se volta a quem era responsável por Darwin no momento em que ele escapou. É um jeito rude de pensar o fato, se pensarmos que “é difícil olhar nos olhos de um primata e ver algo que eu possa possuir”, diz a Care2. Mas a Juíza tem uma posição clara quanto a isso: Darwin não é uma criança humana, e “nós tratamos animais diferentemente de humanos”.

Darwin ficará por um tempo no Santuário de Primatas Story Book Farm, o mesmo lugar em que viveu quando foi apreendido pelas autoridades. Enquanto ter sido levado de sua tutora possa ser algo difícil, provavelmente será o melhor para ele.

 

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