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Jacarés são assassinados em competição no Mississippi

10 de setembro de 2013
2 min. de leitura
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Por Vinicius Siqueira (da Redação)

Foto: Brian Albert Broom/The Clarion-Ledger/AP
Foto: Brian Albert Broom/The Clarion-Ledger/AP

No último domingo (8), um jacaré americano foi morto no estado do Mississippi, no Estado Unidos da América, em meio à competição para estabelecer um recorde de maior aligátor capturado. As informações são do portal G1 e do Daily Mail.

O animal de 336,3 quilos superou o assassinato anterior, de um jacaré de 329,8 quilos e estabeleceu o novo (e cruel) recorde do estado. Segundo Dalco Turner, responsável pelo abate, o animal lutou durante uma hora até ser morto.

“Era por volta da meia noite quando o vimos”, revelou Turner. Ele e sua equipe passaram pelo animal mais de uma vez para ter certeza de seu tamanho. Os jacarés são comumente caçados no período da noite, quando os caçadores podem ligar suas lanternas e observar o reflexo da luz em seus olhos. Durante o dia a caça se torna mais perigosa, pois eles se camuflam pela floresta e nas margens dos rios.

Ele e sua equipe prenderam o jacaré por três linhas, mas o forte animal conseguiu se libertar de todas. Foi quando um de seus ajudantes o acertou com uma flecha e, logo após, Turner o acertou com um tiro de espingarda, terminando por matá-lo friamente.

A temporada de caça a jacarés no estado do Mississippi é promovida pelo Mississippi Department of Wildlife, órgão responsável pela vida selvagem da região, e consegue agregar duas práticas comuns e intoleráveis dos humanos perante outros animais: a caça e a ilusão de superioridade. Segundo o Daily Mail, a caça é motivada pela superpopulação de jacarés na região, o que tornou possível a abertura da temporada de caça do dia 30 de agosto ao dia 9 de setembro.

Os participantes são um número selecionado de pessoas preparadas para a caça de jacarés no local e utilizam de flechas, redes, linhas, facões e armas de fogo para capturar e matar os jacarés da região, ou seja, são peritos com equipamentos diversificados para a atividade cruel da caça. Esta prática, incentivada pelo governo local como forma de controle populacional da espécie, pode ser classificada, então, como uma matança impiedosa contra os animais e como um incetivo à institucionalização da crueldade humana com outros animais.

Nota da Redação: Os jacarés da região são caçados por peritos, com equipamentos mortais e diversificados para cada ocasião e sob o aval governamental, que legaliza a prática e, tacitamente, incentiva o noção de que seres humanos são os “proprietários da natureza”. Este método de controle populacional não passa de uma matança controlada pelo poder estatal, que faz de animais como os jacarés (robustos e ágeis) indignos de qualquer tratamento para controle populacional respeitoso. O assassinato é a prova do estatuto de objeto que este animal tem para o governo local (e para a humanidade, de modo geral).

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