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GCM de Praia Grande (SP) retira "cão policial" de suas atividades

8 de setembro de 2013
3 min. de leitura
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Anna Gabriela Ribeiro/G1
Anna Gabriela Ribeiro/G1

Depois de servir o Canil da Guarda Municipal em Praia Grande, no litoral de São Paulo, por quase nove anos, um dos membros da corporação será retirado de suas atividades. Com 11 troféus conquistados no decorrer da carreira, o cão Thor sensibilizou seus colegas de trabalho na despedida. Com o sentimento de gratidão, os guardas afirmam que Thor agora será o mascote do grupo.

O pastor belga, de nove anos, vai ser aposentado da função depois de trabalhar na viatura do Canil da Guarda Municipal da cidade. Além da prestação de serviço, Thor é um cão premiado. “No campeonato julgam a imobilização do cão e julgam também a parte policial dos guardas. Ele zerou, não errou em nada e foi campeão. É um trabalho em conjunto, tem que ter uma sintonia e o treino. Se aposentou sendo campeão, encerrou a carreira com chave de ouro”, diz o guarda Flávio Alves da Silva, que trabalhou com Thor por cerca de dois anos.

Além da inteligência, o guarda destaca a segurança que o animal passa para o grupo. “É um cão que você pode contar com ele para qualquer tipo de situação. Você sabe que ele vai morder, ele passa confiança para a guarnição. Queremos treinar um cão igual a ele, para tentar suprir a falta dele. No Canil trabalhamos com três homens e um cão. Então, um cão como o Thor está preparado para dispersar 20 pessoas. Se fosse para dispersar 20 pessoas com dois guardas, jamais conseguiríamos. Ele passa confiança para a viatura e a guarnição que está com ele, é o membro principal”, diz Silva.

O cão teve uma rotina de trabalho como a dos guardas, 12 horas de serviço e 36 horas de folga, mas os colegas reconhecem que o animal agora precisa descansar. “Chegou a hora dele, também não podemos sacrificar o cão. Teremos gratidão eterna à ele. A gente se apega muito, você está com ele todo dia, estamos cheios de problema na rua, em casa, mas você chega no cachorro e vai lá desabafar com ele. Não tem nem o que explicar, você sente se ele está bem também, e ele nos sente também. Quando você chega ele fica pulando cheio de alegria, quer brincar, quer fazer o treino”, conta o guarda.

O guarda municipal Paulo Vitório dos Santos foi o treinador do Thor e trabalhou com ele por sete anos. Por isso, tem o direito de ter a guarda do cão depois do término de seu trabalho. “A gente pensa em primeiro lugar no bem estar do animal. Se eu arrumar um espaço, com certeza vou levar ele. Ele é muito fiel à gente, ele não quer saber se a gente é rico ou pobre, se é preto ou branco, ele só quer carinho, e você dando isso para o animal ele retribui. Claro que temos que colocar disciplina e regras porque é um cachorro de polícia, mas é muito prazeroso trabalhar com o cachorro, é um companheiro, sinto falta dele”, afirma Vitório.

Fonte: G1

Nota da redação: é importante lembrar que o cão estava sendo utilizado como instrumento da Guarda Municipal. O cão ainda era um animal explorado e somente sem a utilização de seu trabalho ele será respeitado plenamente. 

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