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Cuidadora dedica amor e trabalho infinito aos cachorros uspianos

8 de setembro de 2013
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Beth dedica seus dias só aos cães há dois anos. Foto: Felipe Higa
Beth dedica seus dias só aos cães há dois anos. Foto: Felipe Higa

Entre ruidosos latidos de cães é possível ouvir a voz amigável de Elizabeth Raboczkay, ou Beth, cuidadora encarregada do abrigo de animais na Prefeitura do Campus da Capital. “É assim o dia inteiro”, comenta Beth apresentando sua segunda casa.

Começou com um grupo de pessoas que gostava e se preocupava com os animais, buscando um lar ou encaminhando para ONGs. Na época em que a famosa “Carrocinha” recolhia os cães abandonados, ajudava a escondê-los e ri ao lembrar dessas aventuras. Na USP há 38 anos e sempre auxiliando no cuidado dos animais abandonados, Beth trabalhava no setor administrativo da FFLCH e sempre arranjava tempo para os cães.

Há dois anos foi contratada exclusivamente para o projeto. Nele, cachorros uspianos abandonados pelo campus são resgatados, passam por avaliação clínica, são vacinados, vermifugados, castrados e postos para doação. A maior ocorrência de abandonos ocorre nos finais de semana e próximo ao Natal. Mesmo no período de férias, Beth faz questão de ir ao abrigo para olhar os animais doentes, os que precisam de curativos. “O duro é a virada do ano, eles morrem de medo dos fogos”, acrescenta.

O amor pelos cães vem desde a infância, aos dois anos de idade foi a uma feira com a mãe e viu um cachorro atropelado. “Aí eu fiz um escândalo, porque eu queria socorrer o animal, ajudá-lo. Sempre fui assim”, relata a cuidadora. Sua empatia maternal com os cães que a impulsiona a seguir com esse trabalho.

Mesmo depois da adoção Beth mantém contato com os cães, ligando para os donos e acompanhando cada um. “A gente se apega, quanto mais tempo eles ficam no abrigo, mais apegados ficamos. Tem cachorro que está aqui desde filhote”.

Beth comenta que a tristeza é um sentimento corrente em seus dias, por tratar sempre de animais abandonados, doentes ou idosos. Para ela, a possibilidade de dar uma nova esperança a esses animais supera as incertezas do dia-a-dia. “No fim, isso se tornou um objetivo na minha vida, um hobbie. Faço com muito amor e carinho, gosto do que faço.”

Funcionária de longa data da USP, ela hoje trabalha exclusivamente no cuidado de cães. É responsável pelo abrigo de animais abandonados da Prefeitura do Campus da capital, lar de cachorros idosos, doentes e desabrigados. Ela garante o bem estar dos cachorros e ajuda no processo de adoção.

Fonte: Jornal do Campus

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